As picuinhas da campanha política

Até o dia 30 de outubro quem for candidato deverá ter muito cuidado, muitas informações vão aparecer a seu respeito, o eleitor terá a oportunidade de ouvir muitas informações falsas, mas também muitas verdadeiras. Ouviremos fatos absurdos de todos os candidatos, algumas mentiras ou informações ampliadas e outras aberrações que são verdadeiras. Na maioria dos casos, as mentiras são transmitidas com mais rapidez do que as informações verdadeiras. O acusado tem que se esforçar bastante para desfazer uma mentira durante a campanha.

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O tempo mudou principalmente nos meios de divulgação da campanha eleitoral, há 30 anos eram feitas através de carros de som, com gravação em Fita K7, depois mudou para CD, logo em seguida através de pen drive e tinha também um locutor que sair ao vivo apresentando as atribuições boas dos seus candidatos rua acima e rua abaixo, se deslocavam para as comunidades rurais, apresentava os comícios, e etc. Hoje com as novas tecnologias tudo mudou, os políticos utilizam as redes sociais, os meios acessíveis à maioria da população.

Na época passada muitos políticos contratavam os profissionais e em troca, se fosse eleito, dava um emprego na prefeitura, no governo do estado e tudo mais, e muitos profissionais da imprensa foram enganados porque depois de eleito a maioria dos políticos desaparecia e os locutores sobram na curva da estrada. Atualmente essas ações não são diferentes, consta-se que a maioria dos políticos continuam da mesma forma, muitos já tem acumulados vários diplomas de enganador.

Hoje as informações são transmitidas ao eleitor de uma forma bem diferente, através das mídias sociais como: facebook, instagram, youtube, whatsapp, tik tok, Twitter, kwai que são as redes sociais mais usadas no Brasil. Em todo o universo são mais de 25 redes sociais populares que estão à disposição da população. A maioria de suas aplicações é disponibilizada gratuitamente.

A ganância pelo poder é muito grande, os candidatos e seus seguidores passam a mensagem que vão trabalhar para a população em geral, já os veteranos se apresentam com bons e fazem de tudo para ser reeleita, a maioria dos eleitos ou reeleitos depois que assume a cadeira no legislativo ou no executivo, tem uma atuação quase zero para o povo, apenas cuida do povo de casa e seus correligionários mais próximos.

Na campanha das redes sociais observam-se muitas notícias falsas, como se a falta de caráter estivesse em primeiro lugar, mas também muitas informações corretas, os erros dos gestores estão aparecendo e muitos deles têm mais erros do que acertos, mas não deixam de concorrer ao cargo de sua preferência. Outros se limitam a mostrar os erros dos outros e se esquecem de apresentar o seu projeto de trabalho.

A maioria dos eleitores termina escolhendo a pessoa corrupta para mais um mandato de quatro anos. Não é difícil sentir saudade das conversas bonitas, das promessas, dos projetos fictícios apresentados por muitos postulantes durante a campanha, o mais interessante, a maioria só aparece quatro anos depois, apresentando mil desculpas, escuta os desabafos dos eleitores, promete novamente e diz que a demanda de trabalho era grande durante o seu mandato, por isso não realizou tudo que prometera na campanha passada, mas lembra, “se eu for eleito dessa vez farei o que estou prometendo para vocês”. Muitos eleitores se esquecem de pedir para ele enumerar as obras que fez durante o seu mandato. Ele termina convencendo uma parte do eleitorado de outra forma, infelizmente, uma grande parte, após os quatro anos, nem lembra em quem votou na eleição passada e termina recebendo os benefícios paliativos e escolhendo novamente o corrupto para mais uma temporada de quatro anos.

O que fazer para votar em um bom político? É impossível encontrar um bom 100 %, devemos pesquisar com cuidado, analisar o presente e o passado do candidato. Se ele foi ou está sendo o prefeito, o governador, o presidente da república e trabalhou muito para o povo, cuidou bem da saúde, da educação, da agricultura, fez estradas, e enfim, melhorou a vida do povo na zona rural e na cidade, ele está mostrando ser um bom postulante, mas se nada fez está na hora de escolher outro. Compete ao eleitor de forma livre e independente, o cuidado com as falsas promessas e cumprir o seu papel de escolher o melhor. Escolher bem é um dever e uma obrigação de todos nós.

Por Francisco Inacio Pita