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A maioria da bancada feminina na Câmara Municipal de Mari-PB

No município de Mari-PB, localizado na Região Geográfica Imediata de João Pessoa, fundado em 19 de setembro de 1958, quando o então governador Pedro Moreno Gondim elevou a categoria de cidade pelo decreto de Lei nº1862/1958. Mari tem 21.808 habitantes. O município recebeu seu nome do fruto do Umarizeiro ou Marizeiro, planta outrora muito abundante na localidade. Antes de sua emancipação era conhecida como Araçá, vegetal muito encontrado naquele tempo, a Casa Legislativa Prefeito José Paulo de França é formada por onze vereadores.

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Nas eleições de 2016 o povo mariense elegeu seis mulheres para o parlamento. São elas a professora Arlinda Meireles da Silva (PP), Hozanete Dionizio dos Santos – Neta do Sindicato (PR), Vânia Silva de Souza – Vânia de Zú( PMB), segunda-secretária da Mesa, Marilene Rufino da Costa – Marilene de Chico Corretor ( PSD), servidora pública municipal, Erica Morgana da Silva Eduardo (PP) e a servidora pública estadual e atual vice-presidente da Câmara, Valeska Magalhaes Maimoni Ferreira (PT do B). A professora Arlinda Meireles da Silva (PP), foi a mais votada, com 662 votos.

Ainda foram eleitas a vice-prefeita, empresária Karina Melo (PTB). A primeira suplente é a técnica de enfermagem, Lucia de Fatima Santos da Silva – Lucinha da Saúde (PSD). Existem 1.325 municípios — ou 24% das cidades brasileiras — sem uma mulher sequer no parlamento.De 20 anos para cá, a participação feminina nos parlamentos municipais cresceu apenas 6%.

Desde 1997, a legislação eleitoral brasileira determina que os partidos e as coligações respeitem a cota mínima de 30% de mulheres na lista de candidatos para a Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa, as Assembleias Legislativas e as Câmaras municipais.

Além da cota de números de candidatos, nas eleições de 2018 as mulheres também tiveram uma cota financeira. Em maio de 2018, o TSE decidiu que os partidos devem repassar 30% dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e do tempo de propaganda gratuita no rádio e na TV para as candidaturas femininas.Uma vitória histórica para as mulheres.

As mulheres ocupam hoje apenas cerca de 10% das vagas na Câmara dos Deputados. Tanto é que o Brasil assume a alarmante 154ª posição em participação feminina no Parlamento, em ranking elaborado pela União Inter parlamentar que conta com 193 países (dados de maio de 2018).O mapa da Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que, no continente americano, o Brasil só tem mais mulheres no Parlamento do que países como Haiti, Belize e São Cristóvãoe Névis. Fátima Bezerra do Partido dos Trabalhadores do estado do Rio Grande do Norte foi a única mulher eleita governadora nas eleições de 2018.

Cuba ocupa o segundo lugar no mundo em representatividade feminina no Parlamento, com 53,2% de mulheres; a Bolívia ocupa o terceiro lugar, com 53,1% de mulheres; e a Nicarágua, o sexto lugar, com 45% de mulheres. disse. Bolívia e Nicarágua têm regras de paridade de gênero, em sistema de lista fechada, para as eleições para o Legislativo.
O espaço da mulher na esfera política tem aumentado, reflexo do empoderamento e do seu protagonismo na sociedade. Todavia, ainda não é o bastante para garantir representatividade nos patamares ideias de igualdade de gênero. A população do Município de Marí, no Brejo Paraibano, deu um grande exemplo de participação feminina no Parlamento Municipal.

Abdias Duque de Abrantes – jornalista, servidor público, advogado, graduado em Direito pela UFPB e pós-graduado em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Potiguar (UnP), que integra a LaureateInternationalUniversities.

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