Paraíba

Cícero encerra carreira, mas deixa sobrinhos na vida pública

Em 31 de dezembro encerra o ciclo da carreira vitoriosa de Cícero Lucena na política. Deputado, vice-governador, governador, ministro e senador fizeram do ‘caboquinho’  São José de Piranhas um vitorioso na vida pública. Sua vida política terá fim quando o mandato no senado se encerrar no final deste ano. No entanto, a  família Lucena irá dar continuidade ao legado do seu líder maior.

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Familiares de Cícero disseram ao Radar Sertanejo que, pelo menos, dois sobrinhos do senador vão trilhar os caminhos da política na Paraíba. É o caso do ex-deputado estadual Fabiano Lucena que já demonstrou vontade de voltar a vida pública,e, para isto já articula e projeta disputar cargo majoritário para a prefeitura de João Pessoa em 2016. O outro sobrinho de Cícero, André Lucena, articula com seu grupo e deve disputar, pelas oposições, a prefeitura de São José de Piranhas nas próximas eleições municipais.

Nas eleições passadas Cícero se sentiu ressentido por não ter espaço no partido para disputar mais um mandato no Cogresso.Ele foi trocado por Wilson Santiago por pura preferência do então candidato a governador Cássio Cunha Lima. No final da campanha, Lucena perdoou o colega tucano e até trabalhou na campanha de Cunha Lima. Cícero deve se dedicar a vida empresarial, certamente no ramo da construção civil.

Cícero Lucena Filho (São José de Piranhas, 5 de agosto de 1957) é um político brasileiro.Empresário da construção civil, foi presidente do Sinduscon de João Pessoa. Sobrinho do político paraibano Humberto Lucena, iniciou sua carreira política em 1990 quando foi escolhido para concorrer como vice-governador do PMDB na chapa encabeçada por Ronaldo Cunha Lima. A chapa venceu a eleição no segundo turno. Em 1994, com o afastamento de Cunha Lima para candidatar-se ao Senado, Cícero Lucena assume o governo do estado para o restante do mandato. Com 37 anos de idade, tornou-se o governador mais jovem a assumir o governo da Paraíba.

Em 1995 chefiou a Secretaria Especial de Políticas Regionais, então órgão do Ministério do Planejamento. Em 1996, disputou a prefeitura de João Pessoa, logrando êxito no segundo turno. Reelegeu-se em 2000, já no primeiro turno, com 74% dos votos válidos.

Em 2001 acompanhou Ronaldo Cunha Lima, que desfiliara-se do PMDB, e ingressaram no PSDB. Na campanha eleitoral de 2002, sua esposa Lauremília Lucena concorreu a vice-governadora na chapa liderada por Cássio Cunha Lima, que obteve a vitória no segundo turno sobre Roberto Paulino, do PMDB.
Enquanto ocupava o cargo de secretário estadual de Planejamento da Paraíba, foi preso em 21 de julho de 2005 pela Polícia Federal, acusado de chefiar uma quadrilha que foi desmascarada pela Operação Confraria1 .
Em 2006, foi eleito senador com 803.600 votos (48,25% dos votos válidos), derrotando seu maior rival, o então senador e candidato à reeleição Ney Suassuna.
Em 2012, Cícero foi indicado pelo PSDB como candidato a prefeito de João Pessoa para a eleição municipal deste ano, onde conseguiu chegar ao 2° turno do pleito como o segundo candidato mais votado no 1° turno com 75.170 votos (20,27% dos votos válidos). No 2° turno, foi derrotado nas urnas pelo candidato Luciano Cartaxo do PT que obteve 386.581 votos (78,13% dos votos válidos) contra seus 98.369 votos (21,87% dos votos válidos).

Operação Confraria
Em julho de 2005, Lucena teve a prisão decretada e foi detido pela Operação Confraria da Polícia Federal, acusado de chefiar um grupo com outras sete pessoas que participaram de um esquema de licitações irregulares e desvio de verbas em obras, envolvendo recursos financeiros superiores a 100 milhões de reais durante sua administração como prefeito de João Pessoa. Os indiciados foram soltos, mas estão à disposição da justiça e da PF. O processo corre em segredo de justiça.2