Paraíba

Alto Sertão tem três cidades com mais dengue no estado

A Paraíba registrou só este ano 4.391 casos de dengue, o que aponta para um aumento de 508,2% em relação ao mesmo período do ano passado quando foram confirmados 722 casos. Na Capital, o número de pessoas com dengue cresceu de 116 em 2009 para 786 este ano, uma alta de 577,6%. Os dados fazem parte de um balanço divulgado nesta sexta-feira, pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Os dez municípios com mais casos da doenças são João Pessoa (786), Cabedelo (368), Campina Grande (313), Uiraúna (271), Catolé do Rocha (266), São José de Piranhas (196), Brejo dos Santos (173), Cajazeiras (120), Monteiro (112) e Brejo do Cruz (109).

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Dos 4.391 casos de dengue confirmados, 4.314 foram de dengue clássica, 50 de dengue com complicação, 24 de dengue hemorrágica e três de síndrome do choque da dengue. Duas mortes ocorreram em João Pessoa, uma em Areial, uma em Campina Grande e um óbito em Itabaiana. O aumento dos números, segundo o gerente de Vigilância Ambiental da SES, Nilton Guedes, pode se explicar pela deficiência no trabalho de visitas. Por isso, a orientação é que os municípios reforcem as visitas domiciliares feitas pelos agentes de saúde. Ele explicou que o risco de epidemia se torna maior quando o principal município do estado não cumpre os ciclos.
 
O Sistema de Informação do Programa Nacional de Controle da Dengue (Sisfad) indica que os municípios de João Pessoa, Taperoá, Alagoa Nova e Gurjão ainda não concluíram o segundo ciclo de visitas dos agentes de vigilância ambiental. O trabalho deveria ter sido encerrado em abril. A recomendação do Ministério da Saúde é que sejam feitas pelo menos seis visitas por ano. O objetivo é eliminar as larvas e os criadouros do mosquito transmissor, além de orientar a população. Os 219 demais municípios devem atingir a meta. A maior parte deles (133) está no quarto ciclo de visitas, 73 estão no terceiro e 13 iniciaram o quinto período de inspeções. Em 2009, só 29 municípios cumpriram as seis visitas. Do total, 153 fizeram cinco.
 
Nas inspeções de casa em casa, os agentes dão orientações, tiram dúvidas e eliminam criadouros, inclusive com aplicação de larvicida. Por dia, um agente tem condições de visitar até 25 residências, mas em alguns municípios não há pessoal suficiente, o que exige o deslocamento de profissionais para as áreas onde há carência de equipes. Esta alteração acaba atrasando o cumprimento do ciclo. Além das casas, os agentes visitam pontos estratégicos como ferros-velhos, borracharias, cemitérios, depósitos de sucata e de materiais de construção. As visitas nestes pontos devem ser feitas a cada 15 dias, segundo o Ministério da Saúde, que recomenda ainda a aplicação de larvicida e adulticida para matar o mosquito adulto.
 
O Norte

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