NEGOCIAÇÃO

Com eleições municipais, Congresso insistirá em valor maior para emendas

@ Waldemir Barreto / Agência Senado

O veto do presidente Lula (PT) que retirou R$ 5,6 bilhões das emendas de comissões será alvo de negociação entre governo e Congresso. No entanto, se não houver acordo, a tendência dos congressistas é derrubar o veto do chefe do Executivo para garantir o valor recorde em emendas neste ano eleitoral de 2024.

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A negociação deve iniciar na próxima semana, antes mesmo da volta dos trabalhos do Legislativo, que será feita em sessão do Congresso em 5 de fevereiro.

O relator do Orçamento, deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), deve se encontrar com a ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck, para discutir o tema. A presidente da Comissão Mista de Orçamento, senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB), também deve participar do encontro. A ideia é encontrar formas para o governo fazer a reposição dos valores ao longo do ano.

Caso não haja um acordo, congressistas apostam na derrubada do veto. Motta afirmou ao Congresso em Foco que “esse é o caminho” se não houver uma solução por parte do governo. Ainda não há uma data definida para a reunião do relator com o governo para discutir o tema.

“Temos que, junto com o governo, achar uma solução para que esses vetos não causem prejuízos ao Orçamento”, disse Motta logo depois dos vetos de Lula.

Emendas são uma forma de deputados e senadores enviarem verbas e apoiarem programas, ações e obras em seus redutos eleitorais, seja nos estados ou nos municípios. Com a eleição municipal em outubro deste ano, a leitura de parte dos congressistas é que não é possível abrir mão de uma cifra maior.

O Orçamento de 2024 contou com recorde de emendas em comparação com os anos anteriores. O Congresso definiu um montante de R$ 53 bilhões para as emendas parlamentares.

Os R$ 16,7 bilhões destinados às emendas de comissão representam um salto em relação aos R$ 7,5 bilhões definidos no Orçamento de 2023. Agora, Lula definiu o valor em cerca de R$ 11 bilhões. Além das comissões, as bancadas ficaram com R$ 11,3 bilhões, enquanto as emendas individuais tiveram valor de R$ 25 bilhões.

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