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Pesquisa pelo termo “kit gay” sobe em 1000% em um ano na Paraíba, aponta Google

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Kit gay, comunismo, fascismo, socialismo, nazismo. Diversos termos e definições foram utilizados durante a campanha presidencial este ano no Brasil. Claro, todo tipo de conteúdo propagado por militantes e simpatizantes seja de Fernando Haddad (PT) ou Jair Bolsonaro (PSL), no caso do segundo turno da corrida eleitoral. Com uma campanha curta – apenas 45 dias no primeiro turno -, as mídias sociais foram um campo fértil para disseminação de materiais de campanha. Com uma campanha polarizada no segundo turno, entre esquerda e extrema-direita, a propagação de notícias e os debates se tornaram acalorados.

Com tantos termos e definições no centro de debate político, o Google – principal buscador do mundo – naturalmente seria bastante utilizado. Diante disso, e do volume de pesquisas mensurados pela própria plataforma, dá para notar comportamentos e influência dos conteúdos das campanhas eleitorais.

O termo “kit gay” usado por Bolsonaro para atacar Haddad, que foi ministro da Educação durante o governo petista, foi um dos principais temas que nortearam o debate em toda corrida eleitoral. Na Paraíba, o termo de pesquisa “kit gay” teve um aumento de 1000%, se considerado o último ano – desde 22 de outubro de 2017 até este domingo (21). Os dados são do Google Trends.

No dia 29 de agosto, um dia após Bolsonaro citar o termo em sabatina no Jornal Nacional, da Rede Globo, o termo teve um pico de pesquisas no estado – levando em conta os últimos 90 dias. Neste mesmo recorte de tempo, o “kit gay” voltou a ter picos de pesquisa no dia 9 de outubro, dois dias após o primeiro turno das eleições. O ápice das pesquisas no termo aconteceu no dia 14 e 16 de outubro, sendo esta última data o dia em que o ministro Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Carlos Horbach determinou a suspensão de links de sites e redes sociais com a expressão “kit gay” e proibiu Bolsonaro de disseminar notícias falsas sobre o assunto.

O termo comunismo, bastante usado por eleitores opositores ao PT, teve um pico máximo de pesquisa no dia 12 de outubro – levando em consideração os últimos 90 dias. Ao que tudo indica, atrelado a relações com “fake news” sobre Dia das Crianças e a vice-presidente na chapa de Haddad, Manuela D’Ávila. Nos outros dias, apresenta índices comuns de buscas.

Um dia após o primeiro turno, em 8 de outubro, o termo “fascismo” teve seu ápice nas pesquisas do Google na Paraíba. Provavelmente, tendo relação com os resultados das urnas, que deram 48% de votos para Bolsonaro. Outra marca destacada deste termo, é que no dia 5 de outubro, dois dias antes dos brasileiros irem às urnas pela primeira vez, o termo teve um pico médio de buscas.

O “kit gay”
De acordo com o site especializado em checar boatos, E-farsas, afirma que nunca existiu o “kit gay”. O livro “Aparelho Sexual e cia”, mostrado por Bolsonaro durante entrevista ao jornal noturno, é alvo de explicações por parte do Ministério da Educação (MEC) desde 2013. O órgão afirma que o livro não faz parte da lista de livros recomendados pelo MEC e que ele não está no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e no Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE).

O livro é uma tradução da obra original da escritora francesa Helene Bruller e foi lançado no Brasil em 2007 pela Companhia das Letras. Ele já foi publicado em mais de 10 idiomas e teve mais de 1,5 milhão de cópias vendidas no mundo inteiro.

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