Paraíba

Projeto inicia identificação e formação de catadores de resíduos sólidos na Paraíba

Trabalhadores catadores de resíduos sólidos que atuam na Paraíba terão a oportunidade de participar das ações de formação, cidadania e apoio a empreendimentos solidários. A iniciativa, resultado de um convênio realizado entre o Ministério do Trabalho e Emprego, com ação da Secretaria Nacional de Economia Solidária, e o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Humano (SEDH), prevê a identificação inicial de 1.800 catadores em mais de 30 municípios, com a nucleação de 370 deles, que receberão apoio técnico para formação de associações e otimização de trabalhos em grupos.

- PUBLICIDADE -

Os catadores organizados também deverão ser mobilizadores em uma campanha de coleta seletiva e, no fim do projeto, vão integrar um modelo piloto de gestão de resíduos sólidos.

O início do cadastramento começou a ser realizado em João Pessoa nesta semana, com catadores moradores da Comunidade Amizade, em Paratibe, e seguirá nos próximos dias pelo bairro de Mangabeira. A atividade também acontecerá em municípios do Litoral, Borborema e Sertão.

“Esse é um projeto inovador, uma vez que ele fortalece a identidade do catador, a partir de um trabalho de identificação, sensibilização e mobilização, com um propósito final de organização em grupos. Um projeto que chega a vários municípios do Estado, a exemplo de cidades do Alto Sertão, na região do Vale do Mamanguape, onde os catadores ainda não são devidamente organizados”, destaca Ana Paula Almeida, secretária Executiva de Segurança Alimentar e Economia Solidária (SESAES), órgão vinculado a SEDH.
O trabalho conta com a execução da Escola de Serviço Público da Paraíba (Espep) com a atuação de uma equipe de técnicos e educadores sociais.

O convênio, denominado “Fomento a Empreendimentos Econômicos Solidários Atuantes com Resíduos Sólidos no Estado da Paraíba”, prevê a distribuição de kits de equipamentos de proteção individual a todos os 1.800 catadores cadastrados. Com o mapeamento nos municípios, os técnicos do projeto irão identificar quais os que serão habilitados, a partir de uma segunda etapa, para nucleação de 10 grupos de trabalhadores. A meta é promover capacitação específica em economia solidária e gestão de resíduos sólidos com todos os grupos. “Espero que o projeto melhore as condições de nosso trabalho. Eu trabalho nas ruas, com sacos plásticos”, contou Neide Marques, de 52 anos, catadora há seis, e que diariamente percorre as ruas dos bairros de Mangabeira e Valentina. Assim com Neide, outros 12 trabalhadores foram cadastrados no Condomínio Amizade.

Formação – Para os catadores que forem inseridos na segunda etapa do projeto, também serão articuladas políticas públicas, a exemplo de redirecionamento das ocupações laborais, Programa Brasil Alfabetizado, inserção em salas regulares da Educação de Jovens e Adultos ou criação de turmas específicas. Esses catadores, que já atuarão em modelo de empreendimento solidário, ainda irão participar de atividades de promoção ao fortalecimento da educação ambiental e coleta seletiva em seus municípios de atuação.

Deixe uma resposta