Cidades

Grupo protesta em Bonito de Santa Fé contra a PEC que limita gastos

Uma mobilização em protesto contra a proposta de emenda constitucional (PEC), que limita os gastos públicos, foi organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação de Bonito de Santa Fé (SINTEB), na manhã dessa sexta-feira (11). Vestidos de preto, cerca de 700 participantes entre educadores, estudantes, representantes de entidades e outras pessoas que aderiram ao movimento, saíram em caminhada por volta de 8h00 da manhã até a um palco improvisado em frente à Prefeitura Municipal.

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A manifestação foi marcada pela presença de autoridades importantes no município, estavam lá a presidente do SINTEB Rosilene Alves, o Prefeito eleito Chico Pereira, o padre da cidade Chico Mendes, a secretária de educação do Município Eliana Araruna, a atual prefeita Alderi Caju, além de professores das redes municipal e estadual de ensino.

Em entrevista a equipe do Portal Radar Sertanejo, a presidente do SINTEB, Rosilene Alves, deu declarações a cerca da atual PEC-55 e falou sobre o movimento ocorrido na cidade. “O objetivo do movimento é chamar a atenção dos Bonitenses e fazer com que nossa voz chegue a todo o Brasil. Recebemos o apoio da câmara de vereadores, da Igreja e estamos na luta para mostrar que Bonito de Santa Fé faz parte dessa grande greve nacional. Essa PEC é contra o funcionalismo público, contra o servidor e contra o estudante” – declarou a presidente.

O prefeito eleito, Chico Pereira, participou ativamente do ato público, esteve na passeata, manifestou apoio ao movimento e foi firme nas declarações públicas contrárias à PEC. “É uma opinião de todo trabalhador, essa é a PEC da maldade, veio para tirar do bolso do trabalhador uma dívida que o Brasil tem com a burguesia, o que não é justo, a classe dominante não participa do pagamento dessa dívida. A proposta do governo é sacrificar o povo brasileiro para pagar os juros dessa dívida. Não há como resolver a dívida pública taxando apenas a classe de trabalhadores” – afirmou.

Dentre as pautas reivindicadas pelo movimento, estava a manifestação contrária a reforma da previdência, o corte realizado pelo governo federal nas bolsas-família, o recente corte das verbas que eram destinadas ao exército para o combate à seca no Nordeste e o prejuízo causado nos direitos trabalhistas em que a PEC causará interferência.

O Radar Sertanejo procurou o jurista, advogado Dr. Zé Ramalho, para dá seu posicionamento em relação a PEC dos gastos. O advogado se manifestou contrário, argumentando o prejuízo que trará para o povo. “O governo não pode fazer aquilo que quer e pensa, precisa ouvir a sociedade civil organizada. Nós precisamos que a economia do país seja para todos e não concentrada em poucos. Ontem o presidente Michel Temer sancionou um aumento de 40% para a classe do Judiciário e pretende congelar o salário dos demais servidores públicos, isso é inconcebível”- declarou o jurista.

Ouça a reportagem abaixo:

A PEC-241 dos gastos públicos, como ficou conhecida, se trata uma proposta do Presidente da República Michel Temer, que limita o teto dos gastos públicos baseado na inflação dos anos anteriores. O objetivo é enxugar os gastos da união com os Estados e entidades públicas, a fim de estruturar a economia. A alegação feita pelo movimento oposicionista é de que se aprovada, a agora PEC-55, acarretará no congelamento dos direitos e salários de milhares de servidores por todo o país, prejudicará drasticamente os investimentos em saúde e educação e ainda dificultará muito a realização de novos concursos públicos.

A numeração de referência da PEC é atribuída conforme a ordem em que o processo tramita nas câmaras de Deputados e Senadores, por isso a nova numeração referente a PEC quando passou ao Senado Federal.

Por Radar Sertanejo

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