Paraíba

Sertão ganha polos de atendimento a crianças com microcefalia; saiba onde

em Sousa
Crianças com suspeita de microcefalia na região recebem auxílio médico no Otoclínica, em Sousa.

Dois polos de atendimento a crianças com microcefalia foram abertos no Sertão da Paraíba. Com a novidade, as cidades de Sousa e Patos passaram a atender as crianças que antes precisavam se deslocar até Campina Grande. Aproximadamente 40 famílias têm crianças com suspeita de microcefalia na quarta macroregião de saúde da Paraíba.

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Na cidade de Patos, o atendimento começou a ser feito no Hospital e Maternidade Doutor Peregrino Filho. Em Sousa, as crianças com suspeita de microcefalia recebem auxílio médico no Otoclínica, no Centro da cidade. De acordo com a diretora de planejamento da Secretaria de Saúde de Sousa, Vitória Abrantes, foi feita uma troca de dados com o Hospital Pedro I em Campina Grande, para acolher as crianças que já tinham iniciado o tratamento fora do Sertão.

“Cada polo recebeu apoio e recursos financeiros do Ministério da Saúde, inclusive a primeira parcela que é destinada ao pagamento dos profissionais, dos exames, além do custo com alimentação e em alguns casos com o deslocamento das famílias”, contou Vitória Abrantes. No primeiro momento, todos as crianças com suspeita estão passando por um atendimento com médicos especialistas em otorrinolaringologia e neuropediatria.

De acordo com o otorrinolaringologista Glauco Norões, o trabalho nesta etapa dos atendimentos é encontrar outros sinais que são associados à microcefalia que vai além do diâmetro da cabeça. “O nosso objetivo é definir associações da microcefalia com outras anormalidades, por exemplo, a principal, deficiência auditiva”, comentou.

Para a vendedora Josicarla Kellen, moradora de São Bento, o novo polo vai ajudar na praticidade. Ela conta que precisava viajar cerca de 250 km e superar quatro horas de viagem todas as vezes que tinha que levar o filho para receber o atendimento médico. “A gente saia de meia-noite para Campina Grande e chegava lá depois das três horas da manhã. Era muito cansativo, ter que voltar no outro dia e ter que trabalhar, lidar com a rotina, era muito complicado”, comentou.

G1 PB

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