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Anjos de Rua resgata mais de 200 animais abandonados em apenas seis meses

resgatLupita, Napoleão, Enzo, Totó, Bartolomeu, Amora, Sacha, Lord, Meg, Vitória, Jeremias, Július, Pingo… Esses são alguns nomes dos quase duzentos animais, entre cães, gatos e cavalos, resgatados nos últimos seis meses das ruas da Região Metropolitana de João Pessoa, onde perambulavam sem dono, sem abrigo, com fome, passando frio, calor e sede e, na maioria das vezes, sofrendo maus tratos e a falta de compaixão das pessoas.

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Boa parte desses animais foi agredida, mutilada ou torturada, alvos da maldade humana; muitos foram vítimas de atropelamento; e outros tantos simplesmente padeciam de doenças provocadas pelo abandono, negligência e pela falta de responsabilidade de seus antigos donos.

Grande parte dessas duas centenas de animais resgatados em apenas seis meses hoje goza de excelente saúde e convive feliz em um lar que os adotou, proporcionando-lhes alimento, carinho, abrigo, atendimento médico-veterinário, bem-estar e alegria. Em troca, eles retribuem felicidade, prazer, amor animal e felicidade aos seus novos donos. E tudo isso só é possível graças a uma rede de apoiadores que já ultrapassa a casa das dez mil pessoas, que se comunicam constantemente por meio das redes sociais, via Facebook e Whatsapp, coordenada pela atendente comercial Fabíola Levi Meira Rezende do Carmo, 41 anos, fundadora do grupo Ajude Anjos de Rua.

“O grupo nasceu de forma espontânea, sem nenhuma grande pretensão. Hoje, já ultrapassamos a casa das dez mil pessoas envolvidas neste trabalho de resgate de animais em situação vulnerável, sem um lar, sem cuidados e sem perspectiva de uma vida digna e saudável”, diz Fabíola Rezende, lembrando que criou o grupo, utilizando as redes sociais, para encontrar uma cachorra, a Logana, que um dia, fugiu de casa e nunca mais foi encontrada.

“Passei vários dias à procura dessa minha cachorra. Fiz cartazes, prometi recompensa, andei pelas ruas de vários bairros de João Pessoa. E foi nessas andanças que fui tendo contato com a realidade dos animais abandonados da cidade. Foi daí que nasceu esse trabalho. Hoje sou uma protetora de animais. E faço isso com muita dedicação e abnegação”, revela.

Os resgates

A rede de colaboradores, militantes e simpatizantes do Anjos de Rua passa das dez mil pessoas, mas na prática os resgates são efetuados por apenas quatro protetores: Talita Gardênia, Júnior Alves, Clóvis Spinelli e a própria Fabíola Rezende. “Somos comunicados das ocorrências via rede social. Geralmente são casos de animais abandonados, atropelados ou sob maus tratos. Nos deslocamos até o local e fazemos o resgate, encaminhando o animal a uma das clínicas veterinárias parceiras. Acompanhamos o tratamento até o final; arranjamos alguém interessados na adoção do animal; e sempre monitoramos o animal na nova família”, sintetiza Fabíola.

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Atualmente, as duas clínicas veterinárias que apoiam o trabalho do Anjos de Rua é o Centro Médico Veterinário (CMV), no Bairro do Miramar, e a Vida Pet, no Bairro dos Bancários, ambos em João Pessoa. “Os custos são muito altos. E só conseguimos manter este trabalho graças às doações em dinheiro via depósito bancário ou a ida de pessoas que apoiam a nossa causa às clínicas parceiras e quitam a dívida do tratamento dispensado a um gato ou a um cachorro resgatado”, explica Fabíola Rezende.

Ela informa que as doações em dinheiro vêm de toda parte, de vários bairros de João Pessoa; de muitas cidades do interior paraibano; de outros estados, como Rio de Janeiro, São Paulo, Roraima; e até do exterior, principalmente da Itália, Suíça e Argentina. As doações também aparecem em forma de sacos de ração, medicamentos e equipamentos para o bem-estar animal, como casinhas e camas de espuma.

Os custos com os resgates e tratamento dos animais recolhidos também são cobertos por recursos oriundos da venda de canecas, camisetas, chaveiros e marcadores de páginas com a logomarca do Anjos de Rua, produzidos pela equipe coordenada por Fabíola Rezende. “A nossa missão é salvar esses animais que sofrem e conscientizar a sociedade para um maior respeito aos animais, que têm sentimentos, sentem fome, sede e dor”, diz Fabíola.

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