Cidades

Por suspeito de fraude em licitações, esposo de prefeita é detido pela PF

wendeu ppA Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira (26), o empresário Wendeu Dantas, esposo da prefeita de Joca Claudino. Dantas foi levado à delegacia de Polícia Federal em Patos para prestar depoimento sob suspeita de fraudar licitações em obras públicas em diversas prefeituras da região, inclusive, na cidade de Joca Claudino onde a esposa dele, Lucrécia Adriana, é prefeita.

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Wendeu Dantas é sócio proprietário de construtora que presta serviços em várias cidades,  como São João do Rio do Peixe, Bernardino Batista e Joca Claudino.

Além dele outros empresários e políticos também estão sendo detidos pela Polícia Federal, todos sob suspeitas de fraudar licitações em obras públicas.

Operação

O Ministério Público Federal em Sousa (PB), a Controladoria Geral da União e Polícia Federal, deflagraram na manhã desta sexta-feira, 26 de junho, a Operação Andaime* para desarticular quadrilha especializada em fraudar licitações em obras e serviços de engenharia executados por 16 prefeituras do Alto Sertão da Paraíba. Estima-se em R$ 18.337.000,00 o montante de verbas federais alcançadas pelos criminosos.

 A operação ocorre no Estado da Paraíba, onde estão sendo cumpridos 3 mandados de prisão preventiva, 7 mandados de prisão temporária, 4 mandados de condução coercitiva, 15 medidas de sequestro de bens e 18 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 8ª Vara da Justiça Federal em Sousa (PB).

 As buscas e apreensões estão ocorrendo nas sedes das prefeituras de Cajazeiras, Joca Claudino, Bernardino Batista e Cachoeira dos Índios, em quatro estabelecimentos comerciais de Cajazeiras e nas residências de 11 pessoas físicas, nos municípios de Cajazeiras, Uiraúna e Joca Claudino, dentre as quais constam empresários e engenheiros responsáveis por obras e serviços de engenharia custeados com recursos federais.

 Cerca de 80 agentes da Polícia Federal e dez auditores da CGU participam da operação.

Até o presente momento, as investigações indicam que a organização criminosa vinha atuando, pelo menos, desde 2009, desviando recursos federais através de irregularidades em licitações e contratos públicos, em especial a montagem de procedimentos licitatórios e a venda de notas fiscais. Os crimes também incluem lavagem de dinheiro através de empresa fantasma.

 O procedimento investigatório criminal do MPF está embasado em relatórios de auditoria da CGU, informações policiais e relatórios de análise obtidos a partir do afastamento do sigilo de alguns investigados.

 *A operação foi denominada Andaime em razão das fraudes terem sido perpetradas no âmbito de uma empresa do ramo da construção civil, com a participação de diversos engenheiros e fiscais de obras das prefeituras.

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