Brasil

Deputado federal Wellington Roberto fica em terceiro no ranking de gastos

O deputado federal paraibano Wellington Roberto foi um dos que mais usou a verba parlamentar no Brasil. Ao ser informado de que figurava no terceiro lugar do pódio nacional de gastos, ele usou a "extensão da base eleitoral" como tentativa de justificar o emprego do dinheiro.
 
"Eu fui o terceiro que mais gastou do estado (da Paraíba) ou do Brasil?", perguntou Wellington Roberto ao ser informado sobre o levantamento. Quando soube que ficou no pódio geral, o deputado justificou os custos com o tamanho da base política.
 
"Temos 223 municípios. A coligação da qual faço parte elegeu mais de 50% dos prefeitos", disse Wellington Roberto, acrescentando que a maior parte das despesas feitas dizem respeito ao pagamento de pesquisas. "A maioria foi para saber como estão chegando os recursos que destinei aos municípios e o que o povo está achando. Faço pesquisas de três em três meses, seis em seis ou de mês em mês, depende da necessidade."
 
O deputado declarou que, apesar de não ter concorrido na eleição municipal do ano passado, apoiou candidatos a prefeito. Ele admite a possibilidade de ter solicitado pesquisas em algumas dessas cidades, mas negou ter feito uso eleitoral dos resultados. "Tenho que ter conhecimento da situação dos municípios. Estou fazendo um grande trabalho", comenta Wellington Roberto.
 
O deputado Johnathan de Jesus (PRB-RR) foi o que mais usou a cota (R$ 778.665,55), seguido de perto por Paulo César Quartiero (DEM-RR) e Wellington Roberto (PR-PB). O parlamentar mais econômico foi Reguffe (PDT-DF), com despesa de R$ 19,4 mil. A segunda colocada foi Nice Lobão (PSD-MA) e o terceiro, Miro Teixeira (PDT-RJ).
 
Divulgação a conta-gotas – Embora a Lei de Acesso à Informação esteja em vigor há quase oito meses, a Câmara dos Deputados divulga lentamente a prestação de contas. Com a justificativa de que as notas fiscais precisam ser digitalizadas, somente um pacote de documentos é liberado por semana. Como o Correio mostrou ontem, os deputados já gastaram R$ 284,5 milhões nesta legislatura. Entre as despesas, há pesquisas de cunho eleitoral e reportagens positivas em jornais  — publicadas às vésperas da campanha  —, combustível e aluguel de veículos.
 
O Centro de Documentação e Informação da Câmara, responsável pela liberação das notas, diz que as informações passam por um "controle de qualidade" antes de chegar ao cidadão comum. O procedimento é baseado em ato da Mesa Diretora, que manda ocultar dados pessoais e sigilosos.
 
Redação com Correio Brasiliense 

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