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PF prende 20 policiais por integrar grupos criminosos

Polícia Federal durante a Operação Squadre em rua de João Pessoa, Paraíba (Foto: Walter Paparazzo/G1)Por volta das 5h30 (horário local) desta sexta-feira (8), cerca de 400 policiais federais saíram nas ruas da região metropolitana de João Pessoa para prender policiais suspeitos de integrarem grupos de extermínio, de segurança privada clandestina e ainda de extorsão de traficantes. Até as 11h30, de acordo com a PF, 31 pessoas haviam sido detidas. Entre elas 20 policiais, um cabo reformado, dois agentes penitenciários e um agente do Detran.

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Durante a Operação Squadre estão sendo cumpridos 45 mandados de prisão, 11 conduções à força e 19 mandados de busca e apreensão, totalizando 75 medidas judiciais. As investigações começaram há cerca de um ano. A PF disse que outros dois mandados foram expedidos para Pernambuco, nas cidades de Recife e Petrolina. Os suspeitos estariam, segundo à polícia, envolvidos com o grupo de extermínio.

De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Federal, entre os presos na ação estão integrantes de três diferentes milícias. A primeira é composta por policiais militares e civis, um agente penitenciário e particulares, que atuavam como grupo de extermínio, principalmente na região metropolitana de João Pessoa. As vítimas eram em geral presos e ex-presidiários, assassinado em razão de acertos de contas.

 O outro grupo era comandado por oficiais da Polícia Militar e realizava segurança privada clandestina, bem como comércio ilegal de armas e munições, usando para isso uma empresa em nome de laranjas. O grupo criminoso, que contava também com o apoio de um Delegado da Polícia Civil da Paraíba, é investigado, ainda, pela prática de crimes financeiros e lavagem de dinheiro.

Já o terceiro grupo investigado é formado por policiais civis e militares e um agente penitenciário, que atuava extorquindo traficantes de drogas, assaltantes de banco e outros criminosos.

De acordo com a polícia, os três grupos criminosos estão interligados pelo tráfico ilegal de armas e munições.

A investigação, coordenada pela Polícia Federal com o apoio do Ministério Público Estadual e da Secretaria de Segurança e Defesa Social da Paraíba, começou há cerca de um ano e sua execução contou com a participação do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (COT) e dos Grupos de Pronta Intervenção da Polícia Federal (GPIs) de diversos estados.

Segundo a PF, as provas obtidas no curso das investigações devem ajudar na elucidação de vários homicídios praticados por todo o estado da Paraíba. Às 9h (horário local) está prevista uma entrevista coletiva no auditório da Superintendência Regional da Polícia Federal, em Cabedelo, onde será apresentado mais detalhes da ação.


Do G1 PB

 

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