Policial

Juiz decreta prisão de 6 PMs por tortura em CG

O juiz Vandemberg de Freitas, titular da 4ª Vara Criminal de Campina Grande, decretou, na tarde de quinta-feira (1), a prisão preventiva dos seis policiais militares indiciados pela morte de Tiago Moreira Alves, 27 anos. O técnico em monitoramento morreu após ser vítima de suposta tortura praticada pelos policiais no dia 5 de agosto, no bairro do José Pinheiro.

- PUBLICIDADE -

Os seis PMs ficarão recolhidos na sede do 2º Batalhão da Polícia Militar. O Ministério Público havia pedido, no último dia 24 de outubro, a prisão preventiva dos 18 policiais envolvidos. O promotor Sócrates da Costa Agra pretende ainda recorrer da decisão e pedir a prisão dos outros 12 envolvidos na suposta tortura seguida de morte.

“Pedimos que todos sejam indiciados. Pretendemos também recorrer para que todos os envolvidos sejam presos, porque participaram direta ou indiretamente, agindo ou permitindo a tortura. As testemunhas estão sendo ameaçadas e precisamos assegurar sua proteção”, afirmou o promotor Sócrates da Costa Agra.

De acordo com o comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Souza Neto, ainda não houve comunicação oficial, mas a determinação será respeitada. “Já mantive contato com todos os policiais. Eles estão em Campina Grande e também ainda não foram comunicados oficialmente. Devido ao feriado, isso deve ocorrer somente na segunda-feira (5). Assim que isso acontecer, iremos apenas cumprir o que for determinado”, explicou o comandante.

O crime
Tiago Moreira, de 27 anos de idade, morreu no dia 5 de agosto deste ano. A esposa da vítima, Alessandra Alves, disse que Tiago teve uma crise de abstinência de drogas e acabou invadindo a casa de um policial militar. A casa do PM fica a menos de 30 metros da residência da vítima. Lá, segundo a Polícia Civil, a vítima teria sido espancada até a morte por policiais.

De acordo com o comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Souza Neto, o policial e a esposa dele foram agredidos por Tiago e chamaram reforço policial para conter o rapaz. No último dia 14 de setembro, os seis policiais militares foram indiciados, de um total de 18 que foram investigados.

G1 PB

Deixe uma resposta