Brasil

Dia do Agricultor reacende questões sobre o setor

A vocação agrícola faz parte da história do país desde o tempo da colonização e das monoculturas até o desenvolvimento nacional, as lutas pela reforma agrária e a busca da sustentabilidade. Já a figura do agricultor passou por variações até alcançar o status de profissão. Celebrado no dia 28 de julho, o Dia do Agricultor foi instituído a partir do centenário da criação do Ministério da Agricultura, em 1960. Contando com diversos títulos que tratam das implicações dessa ocupação, a EdUFSCar destaca cinco obras que contribuem para os debates sobre desenvolvimento agrícola e seu profissional.

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Decorrente do debate sobre o aquecimento global e a necessidade de produção de combustíveis renováveis, a obra Certificação Socioambiental para a agricultura: desafios para o setor sucroalcooleiro, de Francisco Alves, José Maria Gusman Ferraz, Luís Fernando Guedes Pinto e Tamás Szmrecsányi (300 páginas, R$ 20,00), impõe um importante dilema: devemos produzir cana e álcool da mesma forma como é feito há séculos ou aproveitar o atual momento para fomentar sua produção em novas bases? Tratando da articulação de padrões como politicas públicas, o livro aborda uma analise setorial sob as óticas social, econômica e ambiental, e estuda, em profundidade, os diferentes aspectos desta produção que se mantém como um desafio para a sociedade brasileira em pleno século XXI.

Também discorrendo sobre políticas públicas, atuação de grupos em relações estratégicas e presença do Estado nos ambientes institucionais, Luiz Fernando Paulillo assina Redes de Poder & Territórios Produtivos (200 páginas, R$ 30,00), que tem como objeto de análise o território citrícola brasileiro e suas relações agroindustriais da compra e venda e, principalmente, de recursos de poder.

Do mesmo autor, juntamente com Francisco Alves, o livro Reestruturação agroindustrial – politicas públicas e seguranças alimentar regional (347 páginas, R$ 44,00) aborda a complexidade que toma a produção agroindustrial no mundo e seus impactos na segurança alimentar de países não desenvolvidos, como no caso do Brasil. A novidade aqui é a abordagem em âmbito regional: estão reunidas análises sobre a reestruturação agroalimentar na macrorregião de Ribeirão Preto, interior de São Paulo.

Outros dois títulos dedicam-se à gestão do empreendedorismo rural. Em Gestão integrada da agricultura familiar (359 páginas, R$ 37,50), os organizadores Hildo Meirelles de Souza Filho e Mário Otávio Batalha abordam a agricultura familiar, cujo desempenho é determinado por um conjunto de fatores, decorrentes das políticas públicas, da conjuntura macroeconômica ou de especificidades locais. A obra propõe um modelo de gestão integrada para a agricultura familiar, incluindo questões como canais de distribuição, planejamento das atividades produtivas, garantia de qualidade, administração da compra de insumos, escolha de mecanismos de comercialização, análise de custos e identificação de fontes de financiamento.

Também organizado por Mário Otávio Batalha, o livro Gestão do agronegócio – textos selecionados (465 páginas, R$ 55,00) é uma coletânea composta por nove capítulos que reúnem temas relacionados ao agronegócio nacional, tais como: os hábitos de consumo alimentar, o desenvolvimento de produtos para atender esses hábitos, a relação das empresas da agroindústria açucareira com empresas alimentícias e de bebidas; os processos de distribuição, particularmente de produtos perecíveis, resultantes de pequenos empreendimentos agrícolas e/ou orgânicos; as possibilidades de aplicação de simulação e computação gráfica na gestão de sistemas agroindustriais; a questão da rastreabilidade, apresentada como um dos grandes desafios para várias cadeias agroindustriais nacionais e a questão da inovação tecnológica como importante fator de competitividade das cadeias agroindustriais.

Mais informações sobre os livros publicados pela EdUFSCar estão disponíveis no site www.editora.ufscar.br.

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