Paraíba

Sonho do petróleo ainda anima o Sertão da Paraíba

Empresários, comerciantes, políticos e moradores das cidades de Triunfo, Santa Helena e São João do Rio do Peixe, no Alto Sertão paraibano, voltaram a se animar com a possibilidade da existência de petróleo e gás na região em quantidade suficiente para atividades comerciais de empresas petrolíferas de médio porte. Estas empresas usam o produto também para outras finalidades além da refinação como a produção de material para asfalto.

- PUBLICIDADE -

As expectativas em torno do mineral haviam sido frustradas em fevereiro, quando a Petrobrás, maior extratora do produto, concluiu os trabalhos na região e desistiu de explorar o petróleo por considerar a quantidade inviável para suas atividades.

Com a saída da estatal, outras empresas petrolíferas como a Univen e a Ral Engenharia, de São Paulo, e a construtora de rodovias Cowan, que adquiriram lotes através de leilão da Agência Nacional de Petróleo (ANP), decidiram apostar na Bacia do Rio do Peixe. Elas realizaram prospecções por acreditar que o petróleo existente na Bacia é suficiente para suas atividades. As pesquisas já foram concluídas e as amostras coletadas foram enviadas para um laboratório no Rio de Janeiro.

O resultado das pesquisas, realizadas pela ANDL Geofísica, que foi contratada pelas petrolíferas Univen e Ral Engenharia, deverá ser divulgado ainda esse semestre. Os rumores também têm despertado os interesses de outras empresas que atuam no setor em Mossoró (RN) e no Rio de Janeiro e que aproveitam o petróleo para outras finalidades como a produção de asfalto para rodovias.

A Univen Petróleo – refinaria privada que produz e comercializa derivados do mineral como gasolina A, óleo diesel, óleo combustível e solventes especiais – firmou um consórcio com a Ral Engenharia, especializada em asfalto de rodovias. Elas arremataram oito dos 19 blocos oferecidos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no setor SRIOP da Bacia do Rio do Peixe, durante a Nona Rodada de Licitações. As empresas conseguiram os blocos RIOP-T-20, RIOP-T-21, RIOP-T-30, RIOP-T-31, RIOP-T-55, RIOP-T-56, RIOP-T-57 e RIOP-T-61. O leilão dos blocos na Bacia do Rio do Peixe rendeu para os cofres do Tesouro R$ 8,849 milhões.

No entanto, as empresas só se interessaram em estudar a viabilidade comercial do petróleo na região, em dezembro do ano passado, quando a Petrobrás já havia iniciado a perfuração dos poços. O resultado obtido pela Petrobras de que a quantidade de petróleo encontrado não era suficiente para a estatal, chamou a atenção das outras empresas que decidiram fazer as prospecções por confiarem na viabilidade, tanto em quantidade como em qualidade do produto para suas atividades.

Correio da Paraíba

Deixe uma resposta