BrasilDestaque 2

Delação da JBS aponta propina de US$ 150 milhões para Lula, Dilma e PT em contas no Exterior

Delação da JBS aponta propina de US$ 150 milhões para Lula, Dilma e PT em contas no Exterior Anderson Fetter/Agencia RBS
Ex-presidentes participaram de ato em defesa do polo naval no mês passado, em Rio Grande. (Foto: Anderson Fetter / Agencia RBS)

Se chegaram a sorrir ao som dos primeiros estrondos da bombástica delação da JBS à Procuradoria-Geral da República (PGR), os petistas voltam a sentir o amargor das revelações feitas pela Operação Lava-Jato com a divulgação da íntegra da colaboração dos executivos da maior indústria mundial de processamento de proteína animal, nesta sexta-feira.

- PUBLICIDADE -

Os detalhes informados por Joesley Batista, dono da JBS, atingem diretamente os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Também são implicados como recebedores e articuladores de propina outros quadros do PT como o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, os ex-ministros Antonio Palloci e Guido Mantega, e o ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto.

Conforme Joesley, Lula recebeu pagamentos indevidos de US$ 50 milhões, depositados em uma conta no Exterior. O mesmo expediente teria sido usado, disse o depoente, para enviar US$ 30 milhões a Dilma fora do país. O empresário apontou o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega como interlocutor para as remessas. A JBS afirma ter apelado à corrupção junto aos dois ex-presidentes para obter vantagens em financiamentos no BNDES e também em negócios envolvendo os fundos de pensão Petros, da Petrobras, e Funcef, da Caixa Econômica Federal.

O saldo dessas contas somariam US$ 150 milhões em 2014. A delação indica que parte dos recursos também seria usada para irrigar o caixa do PT. Joesley disse ter recebido solicitação de Vaccari Neto para que ele “emprestasse” uma conta bancária no Exterior, onde seriam depositadas as propinas. O petista teria determinado ao executivo que, conforme os depósitos fossem ocorrendo fora do país, os pagamentos deveriam ser resgatados e disfarçados com a emissão de notas falsas ou em forma dissimulada de doações eleitorais. Ao menos na petição da PGR, não são apontados números de contas bancárias e países em que elas estariam sediadas.

A assessoria de imprensa de Dilma publicou nota no site da ex-presidente afirmando que as denúncias de Joesley são “improcedentes e inverídicas”.

Os advogados do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira, divulgaram nota rebatendo as acusações, alegando que “as afirmações de Joesley Batista em relação a Lula não decorrem de qualquer contato com o ex-Presidente, mas sim de supostos diálogos com terceiros, que sequer foram comprovados”.

Leia a íntegra da nota da defesa de Lula abaixo:

Verifica-se nos próprios trechos vazados à imprensa que as afirmações de Joesley Batista em relação a Lula não decorrem de qualquer contato com o ex-Presidente, mas sim de supostos diálogos com terceiros, que sequer foram comprovados.

A verdade é que a vida de Lula e de seus familiares foi – ilegalmente – devassada pela Operação Lava Jato. Todos os sigilos û bancário, fiscal e contábil – foram levantados e nenhum valor ilícito foi encontrado, evidenciando que Lula é inocente. Sua inocência também foi confirmada pelo depoimento de mais de uma centena de testemunhas já ouvidas – com o compromisso de dizer a verdade – que jamais confirmaram qualquer acusação contra o ex-Presidente.

A referência ao nome de Lula nesse cenário confirma denúncia já feita pela imprensa de que delações premiadas somente são aceitas pelo Ministério Público se fizerem referência – ainda que frivolamente – ao nome do ex-Presidente.

Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira

Leia abaixo a íntegra da nota da assessoria de Dilma

A propósito das notícias a respeito das delações efetuadas pelo empresário Joesley Batista, a Assessoria de Imprensa da presidenta eleita Dilma Rousseff esclarece que são improcedentes e inverídicas as afirmações do empresário:

1. Dilma Rousseff jamais tratou ou solicitou de qualquer empresário, nem de terceiros doações, pagamentos ou financiamentos ilegais para as campanhas eleitorais, tanto em 2010 quanto em 2014, fosse para si ou quaisquer outros candidatos.

2. Dilma Rousseff jamais teve contas no exterior. Nunca autorizou, em seu nome ou de terceiros, a abertura de empresas em paraísos fiscais. Reitera que jamais autorizou quaisquer outras pessoas a fazê-lo.

3. Mais uma vez, Dilma Rousseff rejeita delações sem provas ou indícios. A verdade vira à tona.

ASSESSORIA DE IMPRENSA
DILMA ROUSSEFF

 

Fonte: http: zh.clicrbs.com.br

Deixe uma resposta