O Brasil que o povo quer

Francisco Inacio Pita | Colunista

O Brasil que o povo quer deve ser um país da paz, do amor, bem administrado, todos os direitos respeitados conforme a Constituição Brasileira e a população seguindo em harmonia plena. É assim que penso, mas será que boa parte do povo brasileiro pensa assim? Eu acredito que não, mas tenho observado que nosso país é formado por uma divisão de grupos humanos e seguido por uma democracia até certo ponto desfasada, a grande maioria dos representantes está brincando com nossos direitos, fica com a maior fatia dos impostos que pagamos e muitos ainda insatisfeitos com o alto salário que recebem mensalmente, alguns administradores do dinheiro público ainda leva outros recursos para a sua casa. Se os gestores não quiser receber críticas façam o certo que ninguém vai questionar. Como comprovar tais aberrações: No momento que verificamos nos Tribunais de Contas dos Estados, sem muito esforço já conseguimos detectar várias barbaridades, produtos comprados a preços elevados em relação ao mercado local, verdadeiras cenas de superfaturamentos. São apenas partes de vários desmandos que os nossos administradores praticam com o nosso dinheiro. Outro fato me chamou atenção em uma pequena viagem no aplicativo do Tribunal de Contas, o Sagres, encontrei coisas absurdas, além da compra de produtos sem sentido, preços elevados na aquisição de produtos de forma geral, locações de veículos por altos valores e outras ações que vão de encontro ao mau gerenciamento do dinheiro público, é claro, encontramos ainda muitos gestores honestos que trata com responsabilidade o dinheiro público.

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O SAGRES é um instrumento que a população tem para acessar e comprovar sem muito mistério, quanto o administrador do seu estado, do seu município recebeu do Tesouro Nacional, arrecadou de impostos locais, outras arrecadações urbanos como IPTU, entre outros tributos, além dos valores que ele pagou aos funcionários, fornecedores e prestadores de diversos serviços na sua administração, tem deles que até inventa função para contratar parentes e amigos.

Vemos em diversos meios de comunicações relatos de prefeitos e governadores comprando máscaras com valores entre 50 e 90 reais, água sanitária com valores elevados, contratação de firmas para prestar serviço temporário agora na pandemia do covid-19 e observamos altos valores pagos ou que vão ser pagos pelo governo nestes serviços. Não justifica pagar alto preço por determinados produtos quando sabemos que seu valor é bem inferior no mercado local. Agora vem à pergunta, onde estão os órgãos fiscalizadores como os vereadores e deputados federais e estaduais que foram eleitos para fiscalizar a aplicação do dinheiro público em seu município e os deputados no seu estado de sua origem, o Ministério Público, Polícia Federal entre outros órgãos fiscalizadores que só atuam quando recebem denúncias, estes órgãos fiscalizadores precisam agir com rapidez e coibir tal ato de irresponsabilidade e esperteza, porque provavelmente tem rastos de desonestidade nas ações executadas por muitos prefeitos e governadores por este Brasil a fora.

Para entender onde é gasto a maior parte do dinheiro público no Brasil, precisamos também saber quanto gasta e com que gasta mensalmente o Congresso Nacional, a Câmara dos Deputados, os Governadores de cada estado, quanto gasta o judiciário brasileiro, o Supremo Tribunal Federal, valores dos duodécimos das Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores, e outros órgãos públicos, sem dúvida você vai entender o grande absurdo de despesas que os nossos representantes e órgãos públicos retira do tesouro nacional brasileiro, dinheiro que pertence por lei a todos nós.

O oportunismo está claro em diversos setores, os gestores nessa fase de pandemia do covid-19 gastam o dinheiro com álcool em gel, água sanitária, compra equipamentos para secretarias de saúde, sabemos que o uso destes materiais é de suma importância, questionamos não é a compra, mas os preços pagos pelos serviços extras na alegação de prevenção e combate ao coronavírus, em vários casos somente Deus sabe a forma de pagamento e quanto à maioria dos gestores gastam com tais serviços, com base nos valores pagos e os agendados para serem pagos, se não foi maldade minha deve sobrar alguma coisa para alguém. Outro fato interessante, muitos produtos nos supermercados costumava aumentar de preço quando tinha aumento dos combustíveis, agora aconteceu o inverso, os combustíveis diminuíram e os preços dos produtos industrializados e da agricultura familiar aumentaram, como: o arroz, feijão, cebola, limão, laranja entre outros, vemos uma verdadeira sena de oportunismo e os órgãos de defesa do consumidor pouco faz para proteger a população.

Ninguém tem certeza, mas pela previsão e a lógica há cheiro de desonestidade na aplicação do dinheiro enviado pelo Governo Federal aos estados e municípios, a Policia Federal está de olho e muitos desonestos já foram identificados e não custa muito ser cobrado pela sua desonestidade. O costume de superfaturar é pratica antiga dos gestores em todo Brasil, sempre foi assim nos planos de emergência e combate a seca do Nordeste, nas administrações federais, estaduais e municipais, nunca deixou, e nem vai deixar de ter superfaturamento e desvio das verbas por boa parte dos órgãos gerenciadores. Isso por que as punições e as leis criadas pelos legisladores oferecem muitas lacunas para esses maus gerenciadores, eles ficam na maioria das vezes quase impunes. É claro, ainda tem muitos gestores honestos que trabalham com honestidade e respeito ao povo.

O Brasil que o povo quer está difícil de ser encontrado, por falta de organização da própria população, que vota em corruptos, em políticos denunciados pela justiça e que já passou por condenação, o povo vota por que recebeu dinheiro de desmoralizados judicialmente e durante a campanha eleitoral chega com a sobra da desonestidade conseguida em sua gestão, e em fim, há uma série de desajustes, parte do povo vota em corruptos e toda a população paga a conta. São eleitas pessoas desonestas e o povão em geral sai prejudicado, como a classe trabalhadora, pequenos comerciantes, os pequenos funcionários públicos e etc. há um costume antigo, fica se perpetuando no poder sempre a mesma família, o poder passando muitas vezes de pai para filho como se fosse um reinado. O povo tem culpa nestes casos, principalmente se a família do puder tiver a fama do “venha nós e vosso reino nada”. Isso acontece muito em nosso interior de homem honesto e trabalhador, mas infelizmente boa parte dos eleitores ainda não aprendeu a votar.

Por Francisco Inacio Pita