O aumento dos combustíveis e a elevação dos preços de outros produtos

A Petrobras reajustou os preços da gasolina, do diesel e gás de cozinha no mês de março de 2022. O preço médio da gasolina na distribuidora passou de 3,25 (três reais e vinte e cinco centavos) para 3,86 (três reais e oitenta e seis centavos) por litro, um aumento de 18,8 %, ou seja, aumentou 61 centavos em cada litro. O diesel o preço médio passou de 3,61 (três reais e sessenta e um centavos) para 4,51(quatro reais e cinquenta e um centavos) por litro, uma alta de 24,9%, ou seja, 90 centavos a mais em cada litro. O GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), o famoso gás de cozinha, o preço médio de venda na distribuidora foi reajustado em 16,1% e passou de 3,86 (três reais e oitenta e seis centavos) para 4,48 (quatro reais e quarenta e oito centavos) o kg, equivalente a 58,21(cinquenta e oito reais e vinte e um centavos) o valor do botijão de 13 kg, que é vendido em nossa região na média de 115 reais, devido aos impostos que o consumidor final paga para sustentar as mordomias dos políticos brasileiros.

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Têm muitas reclamações de taxistas, motoristas de aplicativos, motoristas de caminhões e carretas e de outras cargas pesadas, com certeza nos supermercados e mercadinhos já aplicaram reajustes nos preços dos seus produtos, e quem paga tudo é o consumidor. Afinal de contas, os taxistas, motoristas de aplicativos, motoristas de cargas e o povo em geral vão lembrar no dia 2 de outubro do aumento dos combustíveis ao longo dos últimos três anos que tivemos um aumento médio de 60%? E você vai ter capacidade de escolher os representantes certos para nos representar durante os próximos quatro anos? Será que a maioria dos gestores e legisladores veteranos que estão fazendo para si próprio e os seus vão se lembrar de agora em diante do povo? Os concorrentes novatos que vão ser eleitos será que tem futuro para nos representar? Ou vão fazer igual à maioria dos que estão no poder: diz uma coisa na campanha e faz diferente depois que está no mandato. É triste fazer estas perguntas, mas infelizmente é uma realidade, a prática mostra que a maioria dos gestores e legisladores só lembra o povo no período de campanha eleitoral.

Os impostos que são cobrados pelo governo federal e os governadores de cada estado tem como diminuir, mas segundo os gestores estaduais, vai prejudicar a folha de pagamento e outras despesas, fato que não condiz com a verdade, as mordomias praticadas pelos gestores e legisladores são de fazer vergonha, se eles tivessem consciência e diminuíssem as despesas sobraria dinheiro, dava até para diminuir os impostos sem prejudicar a folha de pagamento.

Somente para relembrar, em 2010 o salário mínimo era 510 reais e dava pra comprar 209 litros de gasolina, em dezembro de 2015 o salário mínimo era 788 reais e dava para comprar 239 litros de gasolina. Hoje o salário mínimo é 1.212,00 e você compra apenas 165 litros. Com o aumento dos combustíveis, aumenta consequentemente todos os produtos que usamos no dia a dia. É claro que o poder de compra do consumidor diminuiu muito nos últimos três anos, porque os combustíveis aumentaram em média 60%. Com essa afirmativa vem à pergunta: De quem é a culpa? Dos gestores antigos, dos atuais administradores ou do eleitor que escolheu errado? O caso merece uma reflexão de todos, precisamos sair do jogo dos concorrentes que aparecem no período de campanha trazendo benefícios paliativos, e depois vão embora. Cabe ao eleitor refletir melhor, somente o eleitor tem a arma de acabar com a corrupção existente em nosso país. Isso demora um bom tempo, mas quem sabe podemos começar já nos organizar na próxima campanha. O eleitor tem o dever de escolher bem, não votar em corruptos denunciados na justiça.

O Brasil tem muito dinheiro porque pagamos uma grande quantidade de impostos, mas infelizmente é mal dividido, a câmara dos deputados, o senado e parte do judiciário ficam com a maior fatia dos tributos que pagamos, enquanto isso, a saúde está doente em quase todos os setores, a educação é levada sem os recursos necessários, a agricultura e o agronegócio passam por dificuldades. Enfim, os meus leitores podem me informar onde está bem nas gestões públicas do Brasil? O investimento nos setores que possam gerar emprego e renda praticamente não existe. E tudo isso pode mudar, no momento que o eleitor analisar o seu candidato, deixar de votar em alguém que lhe ofereceu um benefício paliativo e não vender o voto.

A história da venda de voto é proibida por lei, mas infelizmente o candidato e o próprio eleitor encontram uma forma de praticar esse ato de corrupção, tornando-se infrator tanto o concorrente, bem como, o eleitor que aceitou receber o benefício, principalmente em dinheiro para acompanhar determinada sigla partidária. Em muitos casos o eleitor só vende a sua própria consciência, pela péssima condição financeira que se encontra no momento, situação que não melhora porque o próprio sistema de gestão não oferece geração de emprego e renda. Muitos desses eleitores passam por dificuldades até na própria alimentação. Então durante o período de campanha eleitoral, os corruptos que nada fizeram para melhorar a vida da sociedade e principalmente a que mais necessita, chegam com ajudas e conquistam novamente o voto para passar mais quatro anos praticando corrupção. Esses gestores e legisladores deveriam ter vergonha e pensar em Deus, mas infelizmente, a maioria deles só lembra o povo no período de campanha eleitoral.

Se o eleitor é sempre enganado, cabe ao próprio eleitor refletir melhor, analisar com muito cuidado e escolher quem verdadeira tem um melhor plano administrativo, mas tenha cuidado, se ele já mentiu na eleição passada, tem uma grande possibilidade de continuar enganando. É como disse o provérbio português, “o pau que nasce torto não tem jeito morre torto”.

Finalizo esse trabalho desejando a mim e a todos os eleitores do Brasil uma boa sorte na escolha dos futuros representantes em 02 de outubro. Que Deus ilumine todos nós na hora de digitar os números dos nossos escolhidos, que seja uma boa escolha para mais quatro anos. Não se esqueça de votar, mas também se lembre de não votar sem conhecer o candidato, somente por que alguém lhe pediu o voto. Nessa situação, você pode até acertar, mas dificilmente votará correto. Usando mais um adágio popular, não seja: “Maria vai com as outras”, procure escolher você mesmo o seu representante, quem pede voto sem ser candidato, ou está ganhando dinheiro para defender o seu concorrente ou tem uma boa promessa de ser contratado na futura gestão. Gratuitamente ou sem interesse próprio, dificilmente acontece. O voto é seu e cuide dele com responsabilidade e amor, ele pode melhorar o Brasil, mas também pode desgraçar você e a população de menor poder aquisitivo. Quem é rico não tem dificuldades para viver, uma boa sorte para todos nós. Amém.

Por Francisco Inacio Pita