A falta de compromisso de um povo

Francisco Inacio Pita — Colunista

No nosso artigo desta semana vamos falar da falta de atenção e compromisso do povo. Eu observei dois pontos que precisam de providências na cidade de São José de Piranhas, sabemos que a atual administração vem desenvolvendo um bom trabalho, mas não custa nada observar a sugestão que este humilde colunista escreveu. Encontrei dois pontos que precisam de atenção tanto da administração pública e principalmente do povo que precisa cumprir com suas obrigações.

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Com relação ao trânsito. A cidade recebeu malha asfáltica nas principais ruas e fez a sinalização, mas a maioria dos condutores de veículos não obedece à sinalização até hoje, muitas placas já caíram e foram recolhidas. Na primeira semana era de fazer vergonha, pessoas que poderiam dar exemplo trafegando na contra mão. Muitas pessoas quando indagadas por não cumprirem a sinalização diziam: as regras de trânsitos ainda não estão valendo, porque não tem os guardas na rua, as pessoas estavam se referindo aos agentes de trânsitos concursados e que não havia sido nomeado, eu entendo e não quero menosprezar o trabalho e a importância do agente de trânsito, mas entendo que a maior autoridade com relação ao destino de veículos são as placas de sinalizações, por que elas estão 24 horas à nossa disposição, é só obedecê-las. A grande maioria dos condutores de veículos em São José de Piranhas não obedece à sinalização porque não quer, mas entende de sinalização, uma parte por que não entende o que significa a maioria das placas. Isso é muito grave, conduzir um veículo sem condições, onde está a sua consciência, se não sabe, então procure aprender, São José de Piranhas já tem o formado de uma cidade de médio porte. Será que você como cidadão piranhense vai querer ficar no atraso? O desenvolvimento educativo de uma cidade depende de seu povo. E se você não obedece ao código nacional de trânsito somente porque mora em uma cidade pequena, então você pertence a qual geração? “Perguntar não ofende” e eu acrescento, desde que a pergunta não atinja a dignidade pessoal do indagado.

O segundo ponto é com relação ao lixo. Hoje você encontra sacolas de lixo na margem da rodovia que vai para a Carrapateira, na rodovia que vai para o Ceará, via distrito de Boa Vista, na PB 400 antes e depois de São José de Piranhas. E quem joga essas sacolas de lixo? É claro, parte da população que não tem educação ambiental definida. As pessoas que jogam lixo na PB 400 não lembram que essas sacolas vão até o Açude da Cagepa. Quem faz isso, são pessoas da nossa cidade e que bebem água do açude, que apesar de ser bem tratada pela Cagepa, mas que sabe se não vai sobrar alguma bactéria. Isso é falta de educação e prejudica o meio ambiente que já está muito sofrido. Tem pessoas que deixam o carro de coleta passar e depois colocam sacolas de lixo na rua. Muitas vezes por ser adversário do prefeito, isso já vem de longe.

O poder público já está fazendo o seu papel que é disponibilizar o carro de coleta nas ruas do centro da cidade, bairros e distritos. Cabe a você observar os dias de coleta em sua localidade e só colocar o lixo fora exatamente no dia certo do recolhimento.

Cabe ao poder público, principalmente o legislativo criar leis, e se já tem é só pôr em prática para disciplinar quem joga lixo na rua, o poder executivo deve cobrar as multas.

Um recado para o povo que joga lixo às margens do riacho da Cagepa e riacho de Dom Dom Palito, quem assim faz, está cometendo uma grande falta de educação ambiental. O mais grave, a maioria das pessoas que praticam essas cenas são pessoas esclarecidas.

Com a chegada das águas do São Francisco a nossa cidade e as cidades da região. Todo o perímetro tem que estar com o saneamento sanitário pronto, é uma exigência do Ministério do Desenvolvimento Regional e do Ministério Público Federal.

Cabe ao povo começar a se educar para ter benefícios e saúde, quem não conserva o meio ambiente, está destruindo o presente e futuro dos seus descendentes. Você não pensa no futuro da sua família? Dos seus netos e das gerações futuras deles? A qual geração você pertence? “Perguntar não ofende” e eu acrescento, desde que a pergunta não atinja a dignidade pessoal do indagado. Os gestores precisam fazer a sua parte, mas o povo precisa também cumprir o seu papel de cidadão, sem a junção de ambas as partes, a tendência é como diz um velho adágio popular, “a vaca vai para o brejo”. E ponto final.

Por: Francisco Inacio Pita