A luta pelo poder
Por: Francisco Inacio Pita
Aparentemente, os proponentes aos cargos de gestores e legisladores, ou os atuais que vão à reeleição, quando questionados pela decisão de ser candidato e levar seu nome para ser o nosso representante, entre outras respostas, vêm logo as mais bonitas: “Quero defender o meu povo”, “ajudar essa cidade a crescer”. Entretanto, os concorrentes opositores falam: “o povo está sem uma boa assistência e eu quero revolucionar e tirar a população do sofrimento.” Começa assim, a grande onda de promessas, o velho costume que vem dos nossos antepassados. Evidentemente, ainda há concorrentes sérios, que vão fazer pelo menos uma parte do que prometeu durante a campanha, mas para falar a verdade, são poucos que fazem o que prometem após assumir o poder.
Uma boa parte do eleitorado, por sua vez, não deixa de pedir as ajudas paliativas que só resolve o seu problema e naquele momento, ficando sem assistência até a próxima eleição. Não é uma regra geral, infelizmente, é o retrato na maioria das cidades do nosso Brasil varonil.
Os concorrentes apresentam logo um projeto revolucionário, e se o eleitor observar, mesmo sem ter muitos conhecimentos, entende que os referidos planos de gestão e legislação não passam de promessas para enganar o povo. Até quando a nossa população receberá os candidatos em sua resistência e passará por esse constrangimento, se considerarmos o que é dito na campanha e o que é feito durante a sua permanência na função de representante do eleitor, que muitas vezes deposita toda a confiança e até certa parte é enganado. É claro, ainda existem alguns gestores e legisladores, que prometem e fazem, mas é uma pequena minoria.
O eleitor precisa de atenção e cuidar bem do que é seu, o seu voto é muito importante, nunca esqueça de lembrar, uma boa escolha transforma a vida de toda a população, uma má escolha, destrói todos sem cessar.
O povo em geral precisa de uma boa assistência na saúde, hospitais equipados com aparelhos de ressonância magnética, tomografia, raio-x, diversos exames laboratoriais e outras ações que beneficiem toda a população, isso é um direito constitucional, infelizmente, os fundos dos impostos que pagamos mensalmente, vão para outras finalidades que não pretendo falar aqui.
Quando será que o povo vai ser bem assistido? Na minha simples opinião deve levar aproximadamente 200 anos, é uma média de tempo para isso se tornar real, o eleitor precisa escolher bem, não receber nada em troca do voto e cobrar depois que o eleito estiver na gestão, é uma questão de consciência, e responsabilidade, quem recebe algo em troca do voto está cometendo um crime eleitoral e quem comprar o eleitor também está praticando um delito terrível, fica endividado devido à alta despesas durante a campanha, e para pagar as contas deixa de lado a responsabilidade de fazer para o povo, esquecendo o seu verdadeiro objetivo após assumir a gestão ou a legislação.
A nossa população precisa saber escolher com responsabilidade, não concordar com palavras de candidatos somente para deixá-lo satisfeito. Os eleitores têm o direito de concordar se entenderem que é correta a sua proposta de governo, mas também o dever de discordar, se perceberem que tem algo errado.
O que falta no Brasil é seriedade, principalmente, no congresso nacional e na câmara dos deputados. A maioria dos seus membros só lembra do povo no período de campanha, e depois esqueça as promessas e os projetos apresentados durante o período eleitoral para o povão. Usando uma frase de Miller Fernandes que diz: “toda regra tem sua exceção”, no congresso e na câmara ainda tem alguém que trabalha em benefício do eleitor, mas infelizmente, uma grande maioria se preocupa apenas com o seu próprio destino, de seus familiares e correligionários. São coisas do Brasil, que dificilmente podem mudar, isso depende da escolha do eleitor e de uma boa sorte.
MOTE: depende do eleitor / para ter boa gestão.
Quando se escolhe bem
todos seguem na vantagem
teremos boa bagagem
e tudo de bom vem
a vida segue também
com muita disposição
o gestor faz boa ação
e age em todo setor
depende do eleitor
para ter boa gestão.
Proteja seu ambiente
na hora que for votar
peça a Deus para lhe ajudar
e ser bem inteligente
lembre de toda gente
se fizer mal opção
nunca escolha ladrão
para ser nosso gestor
depende do eleitor
para ter boa gestão.
Faça uma escolha boa
na hora que for votar
não esqueça de lembrar
pra não fazer nada à toa
Jesus vem e abençoa
se fizer boa opção
utilize bem sua paixão
e vote no bom gestor
depende do eleitor
para ter boa gestão.
Nunca receba dinheiro
pra votar em cafajeste
procure gente que preste
pra seguir o bom roteiro
que seja companheiro
e tenha dedicação
goste da população
e trabalhe com amor
depende do eleitor
para ter boa gestão.
A eleição se aproxima
não esqueça de lembrar
você precisa votar
com prazer e alta estima
não esqueça dessa rima
escolha a boa opção
tenha cuidado, então
pra não errar, seu doutor
depende do eleitor
para ter boa gestão.
Finalizo mais uma rima
com Jesus no coração
mostrando a opinião
do de baixo e do de cima
levarei a minha estima
ao povo da região
que tragam a boa ação
e atinja todo setor
depende do eleitor
para ter boa gestão.
Muito obrigado a todos e até o nosso próximo encontro.
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Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.