BRASIL

Estudo aponta que os acidentes envolvendo os carros elétricos custam mais caros e causam mais danos

Quando se fala em carros elétricos, as pessoas costumam pensar em assuntos ligados ao meio ambiente, o consumo de energia e até nos obstáculos que ainda existem para fazer esse tipo de veículos mais populares. Contudo, fala-se pouco a respeito da segurança neste tipo de unidades, um dos pontos fracos dos eletrificados.

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A comercialização dos carros elétricos não é uma novidade, eles vêm sendo produzidos faz décadas. Ainda assim, a popularidade mundial deles é coisa de alguns anos atrás. Dia a dia as vendas crescem na maioria dos países, e o Brasil não fica por fora do fenômeno.

De fato, faz apenas pouco mais de um mês, a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico) comunicou que o Brasil tinha ultrapassado a marca histórica de 100 mil unidades eletrificadas circulando pelas ruas e estradas do país. O crescimento dos últimos anos é considerável, levando em conta que, somente nos meses de 2022, as vendas de carros elétricos -ou eletrificados- já superaram a barreira de 23 mil unidades. Isso representa um incremento de 31% se comparado com os 17.524 carros deste tipo comercializados nos primeiros sete meses do ano passado.

Pois bem, junto com o crescimento da quantidade de carros elétricos nas ruas, aparecem alguns tópicos que precisam ser analisados para garantir a segurança dos motoristas e pedestres. Neste ponto, de acordo com um levantamento divulgado pela companhia de seguros AXA, os motoristas de carros elétricos geram 50% de acidentes a mais se comparado com os dados de acidentes produzidos por carros à combustão.

Para obter esses resultados, a seguradora foi realizando, ao longo do ano, uma série de testes de colisão. As provas verificaram que aqueles sinistros que envolviam unidades elétricas produziam mais danos e custavam mais caro em relação aos carros com motor a combustão.

As consequências desta informação são muitas. Em primeiro lugar isso afeta financeiramente os donos deste tipo de modelos. E não apenas pelos custos de reparação no caso do acidente, mas também pelo fato de que, por eles serem mais elevados, a cotação do seguro de carro fica mais cara para os carros elétricos. A conclusão é lógica: o valor das apólices é determinado pelos riscos a serem cobertos e as eventuais indenizações. Quanto mais custosas forem as reparações, maior será o valor do seguro.

É claro que ainda há consequências mais preocupantes. Segundo a seguradora, o principal problema tem a ver com a menor seguridade que as unidades podem oferecer para os seus ocupantes.

De acordo com os especialistas, a maioria dos acidentes neste sentido, têm a ver com o nível de aceleração dos carros elétricos. Acontece que o torque instantâneo proporcionado pela propulsão pode acabar fazendo com que o motorista perca o controle do veículo.

Como publicaram assessores da Axa, “A maioria dos carros elétricos, especialmente os potentes, tem um torque muito alto, que é imediatamente perceptível quando você aperta o pedal de força. Isso pode resultar em aceleração indesejada e brusca que o motorista não pode mais controlar”.

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