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“Pés de Barro”: Câmara Federal suspende cota parlamentar para Wilson Santiago

Na imagem, o deputado federal Wilson Santiago

O deputado federal paraibano Wilson Santiago (PTB) teve o pagamento da cota parlamentar suspenso pela Câmara Federal. No entanto, a presidência da Casa manteve os repasses salariais para o paraibano. Ele está afastado do mandato desde o dia 23 de dezembro por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, no âmbito da Operação Pés de Barro. Santiago tem foro privilegiado por ser parlamentar.

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A Câmara Federal deverá apreciar o pedido de afastamento de Wilson Santiago do mandato formulado pelo Ministério Público, na primeira sessão ordinária do atual período legislativo, no início de fevereiro.

ENTENDA

A operação “Pés de Barro” busca desarticular suposta organização criminosa suspeita de superfaturamentos e pagamentos de propinas em obras no Sertão da Paraíba.

Wilson Santiago é acusado pela Procuradoria-Geral da República de ter recebido cerca de R$ 1,2 milhão em propinas no âmbito da construção da Adutora Capivara, no sertão paraibano.

Também é alvo de acusação o prefeito de Uiraúna, João Bosco Nonato Fernandes, preso no âmbito da Operação Pés de Barro e flagrado pela Polícia Federal colocando R$ 25 mil na cueca.

O QUE DIZ A DEFESA

O advogado de defesa do deputado federal Wilson Santiago (PTB-PB), Luis Henrique Machado, rechaçou as acusações que recaem contra o parlamentar paraibano no âmbito da Operação Pés de Barro, deflagrada pela Polícia Federal em 21 de dezembro do ano passado.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ele citou que o empresário George Ramalho, delator do suposto esquema fraudulento, ganhou “notoriedade na Paraíba por delatar terceiros para não ser preso” e não apresentou nenhuma prova de que Wilson Santiago recebeu dinheiro ilícito.

“Tampouco a Polícia Federal apresentou provas que incriminassem o deputado. A ação controlada, as intercepções telefônicas, telemáticas e ambientais não dizem nada a respeito do deputado, somente ilações e conjecturas”, disse Luis Henrique Machado.

 

Por Redação / WSCOM

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