Política

“O novo envelheceu muito rápido”, escreve colunista sobre Júnior Araújo

“O novo envelheceu muito rápido”

Lamento, de uma forma muito profunda, testemunhar esse envelhecimento precoce. Porque sou também testemunha e artífice do seu nascimento. Jamais imaginei, enquanto preparava a criatura, que iria tão cedo lamentar fazer parte de sua criação. Escrever estas palavras hoje é difícil.

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Ao meu lado nessa criação estavam o prefeito de Cajazeiras, Carlos Antônio, e a ex-prefeita Denise. Os três, juntos, criamos Júnior Araújo.

Eu, pessoalmente, articulei com o então deputado Zé Aldemir e com o vereador Marcos Barros a primeira oportunidade do hoje deputado disputar um cargo eletivo como vice –refeito de Dra. Denise, projetando seu nome.

Foi eu também que lutei até os 45 minutos do segundo tempo para ele ser candidato a vice novamente de Denise. O então secretário de comunicação do Estado Luís Torres e o ex-Governador Ricardo Coutinho não queriam Júnior na chapa.

Foram duas horas de negociação. Ricardo, enfim, aceitou meu pedido. Logo depois, porém, uma postagem desmoralizando o Governador nos grupos políticos de Cajazeiras, que chegou aos ouvidos de RC, desmontou tudo.

O Governador me ligou dizendo ter voltado atrás e ainda ameaçou, se a gente insistisse no nome de Jr, de colocar Edvaldo Rosas dentro do avião para impugnar a chapa toda.

Eu acreditava em Júnior como um irmão, abdiquei de uma eleição ganha para deputado Estadual em 2014 a pedido dele para Jeová ser o nosso candidato. Assim o fiz para atender o amigo.

Dei ponta pé inicial no marketing da campanha de Júnior na base do 0800. Produzimos a identidade visual da campanha. Até maquiador eu fui, preparando Jr para as fotos, entre tantos outros serviços que o nosso time produziu.

Hoje recebo notícias que doem no coração. O novo em que tanto acreditei está tendo as mesmas praticas políticas coronelistas do passado.

Quando vai a uma secretária não é para pleitear nada para Cajazeiras e região, mas sim para brigar por cargos e gratificações.

Para piorar, faz isso na base da chantagem, ameaçando deixar a base por isso. Mas que base, se ele não é da base?

Tem secretário de estado que se esconde do coronel Jr Araújo porque sabe que é pedido de emprego ou gratificação. Um deles me disse: Fabiano, ele ameaça, fica valente por uma nomeação de uma simples cozinheira escolar.

Já em Cajazeiras, o único cargo que Jr indicou que tem destaque é a Casa da Cidadania. Adivinha quem trabalha lá? Uma de suas irmãs.

Que pena, Junior Boró , que tenha se transformado no saudoso Epitácio Leite Rolim e envelhecido tão rápido.

Escrito por Fabiano Gomes – Fonte 83

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