Começa nesta quinta-feira (1) na Paraíba a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa. Desta vez, serão imunizados os animais com até 24 meses. Na etapa de maio foram vacinados aproximadamente 1 milhão e duzentos mil animais no Estado. A cobertura vacinal atingiu a meta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que é de 90%. Atualmente o rebanho total de bovinos e bubalinos é de cerca de 1 milhão e 350 mil cabeças.
O secretário de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca, Rômulo Montenegro, que vem participando de reuniões em Brasília junto ao Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), disse que o Ministério reconhece que, até novembro de 2019, haverá uma redução nos gastos para os criadores e obviamente para os estados. “Isso se dará de forma gradual, com a retirada da vacinação. O ganho direto do criador poderá ser revertido na melhoria do rebanho e com novos implementos nas propriedades, com investimentos em insumos e tecnologia que irão trazer maior produtividade para os criadores”, informou.
O Estado da Paraíba é considerado livre da aftosa com vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). No Brasil, apenas o estado de Santa Catarina é que não vacina o rebanho desde 2000.
Conforme estimativas do Mapa, com a retirada gradual da vacinação contra febre aftosa, o Brasil terá alcançado uma economia até 2022 de quase R$ 1 bilhão, sem contabilizar os gastos com o manejo envolvido na vacinação (mão de obra, cadeia de frio, transporte e outros).
O secretário Rômulo Montenegro, que conhece toda a movimentação sobre a retirada completa da vacinação contra a febre aftosa no país, explica que “o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA 2017-2026) dividiu o país em cinco blocos de estados e a previsão da retirada completa se dará no Brasil até 2026”.
Pelo cronograma do (Mapa), a Paraíba está no bloco III, assim como os demais estados da região Nordeste e a estimativa é que, em 2021/2 a região passará a ser reconhecida pela (OIE) zona livre de Febre Aftosa sem vacinação.
O Governo do Estado faz um chamamento aos criadores para que vacinem seus animais bovinos e bubalinos. De acordo com as exigências do Mapa, a meta é que a cobertura vacinal atinja, pelo menos, 90% do rebanho. A meta estabelecida pelo mapa é importante para todas as regiões obterem o status de livre de aftosa sem vacinação. Os criadores encontram as vacinas nas casas registradas de produtos agropecuários.
Cuidados com a vacinação
- Compre as vacinas somente em lojas registradas.
- Verifique se as vacinas estão na temperatura correta: entre 2°C e 8°C.
- Para transportá-las, use uma caixa térmica, coloque três partes de gelo para uma de vacina e lacre.
- Mantenha a vacina no gelo até o momento da aplicação.
- Escolha a hora mais fresca do dia e reúna o gado. Mas lembre-se: só vacine bovinos e búfalos.
- Durante a vacinação, mantenha a seringa e as vacinas na caixa térmica e use agulhas novas, adequadas e limpas. A higiene e a limpeza são fundamentais para um bom resultado.
- Agite o frasco antes de usar e aplique a dosagem certa em todos os animais: 5 ml. O lugar correto de aplicação é a tábua do pescoço, podendo ser no músculo ou embaixo da pele. Aplique com calma, para evitar a formação de caroço no local da vacina.
- Siga as recomendações de limpeza, utilize a agulha certa, desinfetada e trocada com frequência.
- Não se esqueça de preencher a declaração de vacinação e entregá-la no serviço veterinário oficial do seu estado junto com a nota fiscal de compra das vacinas.