Cidades

Crise na saúde é tema de audiência pública em São José de Piranhas, mas a solução ainda é protelada

Audiência Pública da Câmara Municipal para tratar da celeuma na saúde e municipalização do hospital.

A Câmara Municipal de São José de Piranhas cumpriu com o dever de casa durante a realização da audiência pública, na noite dessa sexta-feira (10), para debater a crise na saúde pública do município, que agravou-se no último ano da gestão do ex-prefeito Domingos Neto e continua nos primeiros 70 dias da atual administração do prefeito Chico Mendes.

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Durante a reunião, discutiu-se os desafios a serem enfrentados pelo município para a garantia do direito à saúde pública, os caminhos a serem percorridos para passar a Fundação Hospitalar ao domínio da prefeitura e a alocação de recursos para pagar os funcionários e manter médico plantonista 24 horas por dia na unidade.

As discussões envolveram vereadores que usaram a palavra, administradores do hospital, deputado, prefeito, vice-prefeito, secretários municipais de São José de Piranhas, Carrapateira e Monte Horebe, além de um representante do povo. Apesar da exposição dos problemas, quase não foram apontadas soluções a curto prazo.

Na prática, o objetivo é municipalizar o hospital, para que a prefeitura possa fazer investimentos e coloque para funcionar, em parceria com municípios vizinhos que utilizam os serviços de saúde, como ocorria no passado.

Segundo o prefeito Chico Mendes (áudio abaixo), o Ministério da Saúde não reconhece mais nenhuma instituição de saúde como hospital que não tenha, no mínimo, 40 leitos hospitalar. A fundação Hospitalar não tem. Com isso, poderá ser transformada em uma Unidade Mista de Saúde. De acordo com Mendes, o hospital não se encaixa mais nessa categoria, porque tem quatro décadas sem receber investimentos e ao longo do tempo não teve como se mobilizar e se adequar as exigências atuais do Ministério da Saúde.

Ainda de acordo com o prefeito, se faz necessário que o “hospital” exista legalidade, condições físicas, material de expediente, medicamentos, ambulância, motoristas, médicos, enfermeiros, equipamentos, além de outros servidores que são necessários.

Porém, apesar dos esclarecimentos, o gestor municipal não estabeleceu um prazo para realizar todos esses trâmites legais e necessários para municipalizar o hospital, colocar para funcionar e garantir o direito à saúde da população. No entanto, ele disse que vai convidar representantes de entidades, como sindicatos e igrejas para participar de audiências com ele em Brasília com objetivo de pleitear verbas em órgãos federais porque o município não dispõe de recursos financeiros para manter sozinho o hospital.

Ouça o áudio da fala do prefeito acima e tire suas próprias conclusões.

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Por Dida Gonçalves
Radar Sertanejo

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