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Em vistoria, ministro reafirma conclusão das obras do Projeto São Francisco em dezembro

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O ministro conhece de perto como vivem as 120 famílias reassentadas na vila produtiva rural Cacaré, em São José de Piranhas.

O objetivo do governo federal é dar funcionalidade ao Projeto de Integração do Rio São Francisco e fazer a água chegar o quanto antes às torneiras das casas e às plantações de quem quer produzir, beneficiando 12 milhões de brasileiros da região do semiárido nordestino. A declaração é do ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, durante sua primeira visita às obras do São Francisco, nesta sexta-feira (10). Ao chegar a Juazeiro do Norte, no Ceará, o ministro voltou a afirmar que as obras físicas do Projeto serão entregues em dezembro e a partir de então os reservatórios serão gradativamente enchidos, enquanto obras complementares, em parceria com os estados, serão executadas, fazendo chegar água à população.

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“Determinamos às construtoras que ampliem ao máximo a capacidade de execução das obras para que cumpramos o prazo dado pelo presidente Michel Temer”, frisou o ministro. Helder Barbalho lembrou que, na média, essa ampliação de produtividade será de 42%. “Dessa forma, a água poderá contribuir com o abastecimento dos reservatórios de Orós e também do Castanhão, com repercussão imediata nas áreas com maior densidade populacional do estado do Ceará”, explicou.

O ministro reconheceu que o governo vem fazendo repasses aos estados muito aquém do necessário para a execução das obras complementares. “Nossa intenção é ampliar isso”, afirmou, destacando já ter levado aos governos estaduais a necessidade de apresentação de um plano de ações para garantir o desembolso de recursos. “Contudo, é preciso que esse plano apresente funcionalidade para que as cidades, o mais rapidamente possível, sejam abastecidas e a população seja atendida”.

Helder Barbalho também admitiu haver estudos para a interligação das bacias do São Francisco e do Araguaia-Tocantins visando a abastecer os canais o Projeto de Integração.

Vistoria

A agenda de inspeção às obras, nesta sexta-feira (10), incluiu pontos estratégicos do Eixo Norte do Projeto: o túnel Cuncas 1, em São José de Piranhas (PB); a barragem de Jati, no município cearense de mesmo nome; e a primeira estação de bombeamento (EBI-1), em Cabrobó (PE). O ministro também sobrevoou os 260 quilômetros do eixo e conheceu de perto como vivem as 120 famílias reassentadas na vila produtiva rural Cacaré, em São José de Piranhas.
O Projeto São Francisco vai garantir o abastecimento constante de água a uma população de 12 milhões de pessoas em 390 municípios dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, que possuem períodos cíclicos de estiagem.

Eixo Norte

Localizado no final do Eixo Norte, o Cuncas 1 é considerado o maior túnel da América Latina para transporte de água, com 15 quilômetros de extensão e nove metros de altura e largura. A estrutura será responsável por conduzir a água do rio São Francisco entre o Ceará e a Paraíba, passando pelos municípios de Mauriti (CE), Barro (CE), Monte Horebe (PB) e São José de Piranhas (PB).

A barragem Jati, localizada no município homônimo, compõe um trecho do empreendimento que inclui a construção de seis reservatórios e a ampliação do açude Atalho. Ela vai disponibilizar água do São Francisco para o Cinturão das Águas do Ceará (CAC), que atenderá a região do Cariri cearense. O CAC é uma obra executada pelo Governo do Estado com apoio financeiro da União.

O Projeto de Integração do Rio São Francisco capta a água do manancial em Cabrobó (PE) e, pelo canal de aproximação, faz chegar até a primeira estação de bombeamento (EBI-1) do Eixo Norte. A estrutura eleva a água em 36 metros, altura equivalente a um edifício de 12 andares. De lá, segue por gravidade até a segunda estação (EBI-2) do eixo, num trajeto de 51,6 quilômetros.

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