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Senadores José Maranhão e Lira estão na lista de senadores indecisos para manter Dilma afastada

O fim-de-semana se registra com setores da Grande Mídia avaliando as possibilidades do Senado votar a segunda fase do Impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT). Os senadores da Paraíba, José Maranhão e Raimundo Lira, ambos do PMDB, estão na lista do indecisos na próxima votação.

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Poder

Grampos dificultam futuro de Temer

As gravações que expuseram aliados do presidente interino, Michel Temer, incluindo dois senadores do PMDB, aprofundaram um ambiente de incerteza e preocupação no novo governo diante de uma margem apertada pró-impeachment de Dilma Rousseff no Senado.

Não se trata tanto de risco político para o atual governo interino de volta da petista, mas mais de condições de governabilidade na Casa que irá julgar a manutenção ou não do cenário do impeachment.

Soma-se a isso um cenário de crises menores, como a extinção e recriação do Ministério da Cultura e a falta de mulheres no primeiro escalão, que desgastaram Temer desde sua posse.

Defensores de Dilma, hoje afastada por até 180 dias, avaliam que sua situação é “complicadíssima” e que é ainda cedo para prognósticos em um processo que deve terminar entre agosto e setembro.

No entanto, a reação de alguns senadores do grupo que ainda não declarou voto no mérito do seu caso tem sinalizado alerta para Temer. O resultado final do impeachment tende a ser influenciado pelo sucesso ou não do governo interino e dos rumos da Lava Jato sobre o PMDB.

“Achei o começo do Temer muito ruim e a votação, assim como ocorreu com Dilma, também vai levar em conta o conjunto da obra do governo. Não contem que essa votação [do impeachment] já está certa”, disse Cristovam Buarque (PPS-DF), um dos 14 senadores que votaram a favor do afastamento de Dilma, mas não anunciaram posição sobre a condenação.

Para o senador, é preciso que se investigue a fundo as suspeitas contidas nas conversas, reveladas pela Folha, entre o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que deixou o cargo de ministro do Planejamento de Temer após a sua divulgação, e o ex-presidente José Sarney.

A conta hoje no Senado indica que a votação final do impeachment deve ser apertada. A tendência é que os 22 senadores que votaram com Dilma no dia 12 de maio, quando ela foi afastada, não mudem de posição porque integram a base fiel à petista.

Ao todo, 55 votaram pela abertura do processo, um voto a mais que o mínimo necessário para que seja condenada e deixe o cargo em definitivo.

Três senadores não estiveram na sessão que afastou Dilma temporariamente. Deles, Pedro Chaves (PSC-MS), empossado no lugar do cassado Delcídio do Amaral ex-PT-MS), tende a se somar à bancada pró-impeachment.

Jader Barbalho (PMDB-PA), em tratamento médico, é ligado às gestões petistas, mas seu filho é ministro da Integração Nacional de Temer. O senador não declara posição.

Eduardo Braga (PMDB-AM) se opõe à saída de Dilma, mas sua presença é dúvida, pois está de licença médica. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não deve votar.

Nesse cenário de possíveis 56 votos favoráveis à cassação, bastaria que três senadores votassem contra para que o patamar mínimo de 54 não seja alcançado. Se isso ocorrer, Dilma volta ao Planalto.

OS INDEFINIDOS

Os 14 senadores que votaram para afastar Dilma, mas não se posicionam sobre o julgamento final.

Benedito de Lira (PP-AL)
Edison Lobão (PMDB-MA)
José Antonio Reguffe (s/ part.DF)
Fernando Collor (PTC-AL)
Hélio José (PMDB-DF)
José Maranhão (PMDB-PB)
Marcelo Crivella (PRB-RJ)
Roberto Rocha (PSB-MA)
Wellington Fagundes (PR-MT)
Acir Gurgacz (PDT-RO)
Cristovam Buarque (PPS-DF)
Omar Aziz (PSD-AM)
Raimundo Lira (PMDB-PB)
Antonio Carlos Valadares (PSB-SE)

Confira a lista elaborada pelo UOL:

OS INDEFINIDOS

Os 14 senadores que votaram para afastar Dilma, mas não se posicionam sobre o julgamento final.

Benedito de Lira (PP-AL)
Edison Lobão (PMDB-MA)
José Antonio Reguffe (s/ part.DF)
Fernando Collor (PTC-AL)
Hélio José (PMDB-DF)
José Maranhão (PMDB-PB)
Marcelo Crivella (PRB-RJ)
Roberto Rocha (PSB-MA)
Wellington Fagundes (PR-MT)
Acir Gurgacz (PDT-RO)
Cristovam Buarque (PPS-DF)
Omar Aziz (PSD-AM)
Raimundo Lira (PMDB-PB)
Antonio Carlos Valadares (PSB-SE)

 

Walter Santos com Folha
Wscom

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