Cidades

Criação de peixe em tanque de rede é modelo no Sertão

A criação de peixe em tanque de rede em comunidade rural, no município de Santa Helena, no Sertão, desenvolvida por integrantes da Associação dos Criadores de Peixe Tanque de Rede está servindo de modelo também para outros agricultores familiares de Cajazeiras.

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O extensionista da Emater Paraíba em Cajazeiras, Vanderi Dias, em companhia do extensionista Rafael Alexandre, da Unidade Operativa de Santa Helena, visitaram a comunidade e, reunidos com os associados, conheceram o trabalho do grupo com a criação de peixes em tanque rede.

Sob a coordenação de Edilson Pereira de Almeida, coordenador regional da Emater em Cajazeiras, os trabalhos visam o fortalecimento da atividade e a geração de emprego e renda.

A piscicultura vem se tornando uma atividade econômica importante, principalmente para o pequeno e médio produtor, em função de sua característica primordial de não necessitar de grandes extensões de terra nem grandes investimentos e com boa rentabilidade e taxa de retorno.

Na comunidade, os agricultores trabalham com a criação de tilápia do Nilo, que é uma espécie precoce que apresenta excelente desempenho em diferentes regimes de criação. Em sistemas extensivos, apenas com adubação dos viveiros, alcança produtividades de até 3.500 kg/ha/ano, em densidades entre 8 mil e 10 mil peixes/ha.

peixe 2

Em regimes semi-intensivo, com renovação de água (10 L/seg/ha) e rações de boa qualidade, a tilápia nilótica chega a produzir 15 mil kg de pescado/ha/ano, em densidades de 20 mil a 30 mil peixes/ha. No cultivo de tilápias em gaiolas, a produção por ciclo pode variar de 30 a 300 kg/m³, dependendo do tamanho da gaiola ou tanque-rede utilizado.

Em gaiolas de pequeno volume, pode-se produzir de 200 a 300 kg de tilápia/m³. Esses valores devem estar próximos à capacidade suporte em gaiolas de baixo volume. Para definir esses limites, geralmente são utilizados os valores de capacidade de suporte e níveis de arraçoamento estabelecidos para cultivos em viveiros tradicionais.

Para pequenos açudes e viveiros utilizados com gaiolas, a biomassa econômica deve ficar entre 2.500 a 3.500 kg/ha quando a renovação de água for limitada e o arraçoamento deve ser entre 30 e 40 kg/ha/dia.

“Hoje, todos os associados desenvolvem suas atividades no empreendimento de piscicultura de forma planejada, ou seja, cada associado tem sua escala diária, agendada para o ano inteiro. Assim, poderão desenvolver seus trabalhos de forma igualitária, onde cada um executa o que for planejado para aquele dia da escala”, comentou o presidente da Associação, Adriano Domingos.

“Desde sua fundação, a Associação possui parcerias com o Projeto Cooperar, Emepa, Emater Paraíba, Sebrae e prefeitura municipal, cujos parceiros contribuem para que o empreendimento alcance o sucesso desejado por todos”, observou Rafael Alexandre.