Esporte

Dilma e Marina concentram ataques em debate e deixam Aécio em 2º plano

As candidatas à Presidência da República Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB), que lideram a corrida eleitoral, deixaram o candidato do PSDB Aécio Neves em segundo plano, direcionando perguntas uma à outra durante debate realizado por UOL, Folha, SBT e rádio Jovem Pan no início da noite desta segunda-feira (1º), em São Paulo. Durante o debate, Aécio respondeu três perguntas, enquanto Dilma e Marina responderam quatro cada uma.

- PUBLICIDADE -

Sorteada para fazer a primeira pergunta, a petista a dirigiu a Marina, tentando desconstruir as promessas da candidata do PSB nas áreas de educação, saúde, transporte e mais recursos para os municípios. De acordo com cálculos de Dilma, seriam necessários R$ 140 bilhões para cumpri-las. A pergunta foi direta: “De onde a senhora vai arranjar o dinheiro para cobri-las?”

Marina respondeu que não eram promessas e sim “compromissos”, entre eles o de eficiência no gasto público. Ela criticou o governo petista, que desperdiçaria recursos e que manteria projetos “desencontrados”. “O que nós vamos fazer é as escolhas corretas e não manter as escolhas erradas como vem sendo feito”, disse ela.

A Aécio Neves (PSDB) coube responder uma pergunta da candidata do PSOL, Luciana Genro, que gerou, inclusive, uma resposta curiosa. Questionado sobre medidas impopulares tomadas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em seus dois governos (1995-2002), em temas como fator previdenciário e o desvínculo do reajuste dos aposentados ao salário mínimo, ela o questionou se essa “maldade contra os aposentados” seria uma política que o une ao PT.

Em resposta, Aécio disse que ele não era Fernando Henrique, “lamentavelmente”. Aécio lembrou que o país de hoje é diferente daquele de 15 ou 20 anos atrás e que se não fosse a estabilidade da moeda, os avanços sociais não teriam vindo. “Em relação aos aposentados, foi sim criado naquele instante o fator previdenciário e estamos discutindo com o sindicato dos aposentados brasileiros formas de garantir um reajuste mais digno que garanta o poder de compra dessa categoria essencial ao desenvolvimento do país até aqui e que está vendo realmente seu salário perder poder de compra”, disse ele. No mesmo bloco, Aécio direcionou uma pergunta a Eduardo Jorge sobre inflação e a recessão técnica vivida pelo Brasil. Na sua vez de perguntar, Marina optou pelo Pastor Everaldo (PSC).

Deixe uma resposta