Paraíba

Facções articulam rebelião nos presídios da Paraíba

Detentos articulam uma mega rebelião que deve atingir todos os presídios paraibanos. A denúncia foi feita por telefone ao repórter Emerson Machado, do programa Correio Verdade, da TV Correio.
 
 “Recebi várias ligações de pessoas se identificando como presidiários”, informou o repórter.
 
De acordo com o relato dos presos, a rebelião será orquestrada em represália a transferência de líderes de facções para Rondônia.
 
“Eles dizem: ´As cadeias vão virar’”, diz Emerson Machado, que alertou hoje autoridades policiais sobre as rebeliões.
 
Os presos não anteciparam em que data será deflagrada a ação, mas adiantou que os entendimentos já estão sendo feitos – via telefone – com líderes de facções de todos os presídios do Estado.
 
“O que eles dizem é que a rebelião atingirá de João Pessoa a Cajazeiras”, acrescentou Emerson Machado.
 
Veja os detentos transferidos:
1) Paulo Henrique do Nascimento (Alexandre Neguinho)
Responde a processos por homicídio, tráfico, roubo latrocínio, porte ilegal de armas e formação de quadrilha. É ainda acusado de ser um dos líderes da facção “Estados Unidos”. Neste mês, comparsas do presidiário chegaram a expulsar moradores de suas casas para transformá-las em ponto de venda de drogas e esconderijo para fugitivos e armas.
 
2) André Quirino da Silva (Fão)
É considerado o principal líder e articulador da facção conhecida como “Al Qaeda”, que vinha impondo toque de recolher em alguns bairros da Capital, além de comandar o tráfico de entorpecentes em várias comunidades e promover ameaças de morte a policiais, agentes penitenciários e seus desafetos.
Responde a processos por homicídios, roubo, tráfico, porte ilegal de armas e formação de quadrilha. É apontado ainda como sucessor do presidiário Genildo Fábio Crispim – o Pinino, recolhido ao Presídio Federal de Porto Velho – RO.
 
3) André da Silva Galdino (André Galdino)
É lembrado por ter sido resgatado cinematograficamente em julho de 2007 por um bando armado, quando voltava de uma consulta médica. Preso por policiais do GOE, em 2008, responde a processos por porte ilegal de armas, roubo e formação de quadrilha.
 
4) Márcio Maciel dos Santos (Maciel)
Acusado de comandar a partir do presídio vários crimes praticados nas comunidades Gauchinha, Citex e Três Lagoas, em João Pessoa. Responde a processos por homicídios, roubos, porte ilegal de armas e tráfico.
 
5) Eristênio Gonzaga de Souza (Papel)
Considerado de altíssima periculosidade, era um dos criminosos mais procurados no Rio Grande do Norte e Paraíba. Fugitivo de alguns presídios no Nordeste (Alcaçuz-RN, Central de Polícia e PB1, em João Pessoa). Responde a processos por latrocínios, homicídios (inclusive de um policial militar do RN), assalto a banco, tomada de assalto ao posto da Manzuá, porte ilegal de arma e roubo, na Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco.
 
6) Ricardo Cavalcanti Souto (Ricardo)
Entrou para os anais do crime em 2005, quando fugiu da cadeia de Pilar e deixou um bilhete para o diretor da instituição, pedindo desculpas pela fuga e ainda agradecendo pela hospedagem. Depois de recapturado, passou a integrar facções criminosas ligadas ao tráfico em João Pessoa, comandadas por “Pinino” e Thaner Asfora. Em 2010 foi denunciado pelo Ministério Público Estadual, acusado de integrar organização criminosa responsável por homicídios, roubos, porte ilegal de arma, formação de quadrilha e tráfico.
 
7) José Roberto dos Santos Souza (Neguinho Mulungu)
Enveredou pelo crime ainda na região do Brejo, principalmente com ações criminosas ligadas ao tráfico em Guarabira. Preso foi recolhido ao Presídio Padrão de Santa Rita, por questões de segurança. De dentro do presídio padrão, em orquestração com criminosos de Santa Rita, passou a dar suporte ao tráfico de drogas no bairro de Alto das Populares. Responde a processos por tráfico, roubo e homicídios.
 
8) Otacílio José da Silva Filho (Sérgio Neguinho)
Considerado, mesmo preso, o terror do Alto do Mateus. Foi preso em 2007 por agentes do GOE. É acusado de mais de uma dezena de assassinatos, além de tráfico de drogas nos bairros do Alto do Mateus, Ilha do Bispo e na cidade de Bayeux.
 
Portal Correio

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