A Via Sacra do morro do Cristo Rei já é um evento convencional da programação católica da cidade de Cajazeiras durante a Semana Santa. Todos os anos ela acontece na Sexta-Feira Santa, tendo início às 7h no alto do morro até a Igreja Nossa Senhora da Piedade (Catedral). Ao longo do percurso é relembrado as quatorze estações, que compõe a caminhada de Jesus para a sua crucificação. Este ano a celebração foi presida pelo Padre Luiz Miguel juntamente com o Bispo Dom José Gonzáles e o Padre Agripino. Dentro do sermão inicial foi abordado o tema da Campanha da Fraternidade de 2011: “Fraternidade e a vida no planeta”, que tem como o lema “A criação geme como em dores de parto”. Diante disso foi discutido o descaso e o abandono que se encontra a estátua do Cristo Rei atualmente, que não deixa de ser um problema ambiental, visto que o morro está totalmente sujo e vandalizado.
Um dos cartões-postais mais conhecidos da cidade mal pode ser visto, pois está perdido em meio as antenas de transmissão de rádio, TV e internet, sem contar com o estado lamentável da estátua, em virtude de nunca ter passado por um processo de restauração desde que Cajazeiras a recebeu em 1939; os sinais do tempo já estão bastante visíveis. Um panfleto intitulado “Um Cristo Rei Esquecido” de autoria de Francisco Elmo Lacerda foi entregue aos fieis presentes na celebração. Nele, o autor alerta para a triste situação que se encontra o SÍMBOLO DE CAJAZEIRAS, cobra das autoridades responsáveis uma atitude, como também busca conscientizar a todos (cajazeirenses e ‘cajazeirados’) de que algo precisa ser feito antes que seja tarde demais.
A necessidade da revitalização tanto da estátua como do caminho que dá acesso a ela, que está entregue ao mato e ao lixo, é inquestionável e urgente. Só nos resta torcemos para que algo seja feito ainda este ano, pois caso contrário, será mais uma promessa de campanha ilusória em 2012.
