Paraíba

Maranhão se defende e culpa auxiliares de Ricardo Coutinho

O ex-governador José Maranhão disse nesta segunda-feira (4) que o governador Ricardo Coutinho “tem que dizer que foi induzido ao erro por causa de auxiliares incompetentes”. Na sede do PMDB, em João Pessoa, Maranhão concedeu uma entrevista coletiva e afirmou que os dados publicados no Diário Oficial referentes à gestão de 2010 respondem às acusações feitas ao seu governo, principalmente, a de que o Estado estaria quebrado.

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De acordo com José Maranhão, muitas acusações levianas foram feitas assim que a atual gestão assumiu o poder. Em relação à denúncia de que a Paraíba estaria mergulhada em dívidas, ele desafiou a nova equipe a apresentar um contrato que comprove que o Estado estava quebrado.

Ele afirmou que se reunia com frequência com seus secretários de governo justamente para cobrar informações detalhadas e evitar erros. “Compete ao governador, quando recebe uma informação, questioná-la, tirar a prova dos nove”, declarou.

“Nos mantivemos em silêncio até hoje esperando pela publicação do balanço porque sabíamos da realidade, desmoralizando toda a campanha contra nosso governo”, declarou. Ele disse que deixou o governo em uma situação confortável, com 37,43% do limite legal para endividamento do Estado. O ex-governador disse, ainda, que em dezembro, a disponibilidade financeira era de R$519 milhões.

José Maranhão falou que os recursos para pagamento da PEC300 para os policiais estava garantida e não poderia deixar de ser cumprida. “As distorções salariais precisavam ser corrigidas e o instrumento necessário foi a PEC. A receita do Estado hoje é confortável e o governo poderia muito bem ter pago o salário dos policiais”, afirmou.

O ex-governador evitou fazer uma avaliação dos 100 primeiros dias do governo de Ricardo Coutinho, mas, durante a coletiva de imprensa, afirmou que as promessas feitas durante a campanha eleitoral não estão sendo cumpridas. “Disse que em 24 horas resolveria o problema da segurança, que decretaria estado de emergência, mas nem decretou estado de emergência e o que vemos é que a violência está aumentando. A administração atual tem que trabalhar e mostrar a que veio”, afirmou José Maranhão.

DP
 

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