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Efraim Morais é denunciado por contratar funcionárias fantasmas no Senado; PF já foi acionada

O senador Efraim Morais (DEM) acaba de se envolver em nova denúncia. Ele foi denunciado à Polícia Federal por duas estudantes. Elas afirmam que foram contratadas pelo gabinete do democrata como funcionárias fantasmas.

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Kelriany da Silva e Kelly da Silva são estudantes, não tinham emprego fixo, mas recebiam o que acreditavam ser uma bolsa de estudos de R$ 100 que duas amigas teriam conseguido junto a Universidade de Brasília. Para isso, as irmãs assinaram procurações que iriam para a universidade.

“Ela pediu nossos documentos, autorização para abrir conta no banco e depois ela falou que ia passar o número da conta e o cartão para a gente poder estar recebendo esse auxílio. Aí o tempo foi passando e elas traziam para a gente até em casa a quantia”, disse Kelriany da Silva.

No mês passado, Kelriany arrumou um emprego e foi ao banco abrir uma conta. Aí veio a surpresa: descobriu que ela e a irmã já tinham contas e estavam empregadas no gabinete do senador Efraim Moraes, do Democratas da Paraíba. O salário? R$ 3,8 mil, cada uma.

“Nunca imaginei que eu poderia ser uma funcionária fantasma. Nunca me passou pela cabeça”, contou Kelly da Silva.

Nos documentos que entregaram à polícia, elas aparecem na lista de funcionários do gabinete do senador Efraim. Uma das amigas que pediu a procuração é Mônica da Conceição Bicalho, que trabalha para o senador.

O senador Efraim Moraes não quis gravar entrevista. Em 2008, ele teve que demitir seis parentes do gabinete por causa da decisão do Supremo Tribunal Federal em relação ao nepotismo. No mesmo ano, surgiram denúncias de que estaria envolvido em fraudes nas licitações para contratação de empresas terceirizadas. Acabou absolvido nas investigações da Corregedoria do Senado. A nova denúncia, feita à Polícia Civil, já foi encaminhada à presidência do Senado e à Polícia Federal.

A funcionária do senador, Mônica Bicalho, declarou que as duas prestavam serviços ao gabinete e que o senador Efraim Morais não tinha conhecimento das irregularidades.

Paraíba Já

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