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“A camisa da seleção está pagando o pato por ter sido uniforme do golpe”, diz deputado paraibano

Neste domingo (17) às 15h (horário de Brasília), o Brasil estreia na Copa do Mundo de 2018 jogando contra a Suíça. No entanto, diferente das edições anteriores do torneio, o povo brasileiro não apresenta o característico envolvimento com a competição. Para Anísio Maia, militante político durante a ditadura militar e que atualmente exerce o seu segundo mandato como deputado estadual pelo PT/PB, o verde e amarelo está em falta nas ruas porque a camisa de seleção foi transformada no uniforme do golpe que levou o país a situação crítica em que vivemos hoje, com diminuição da qualidade de vida do povo.

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“Não houve nenhum boicote, o povo se desinteressou. A camisa de seleção era o item que mais vendia em épocas de Copa do Mundo. Hoje está boiando no comércio porque foi transformada pelos grupos de direita em um símbolo político, contra nosso próprio povo. Graças aos golpistas, vestir esta camisa é como assumir que foi manipulado ou assinar um atestado de responsabilidade por tudo de ruim que vem acontecendo ao país. A camisa da seleção está pagando o pato por ter sido o uniforme do golpe”, disse Anísio Maia.

A amarelinha vencedora foi idealizada pelo escritor e desenhista gaúcho Aldyr Garcia Schlee, que foi contrário ao golpe contra a presidenta Dilma e que lamenta o fato de que forças antidemocráticas aparelharam a camisa da seleção canarinho. Em matéria do EL País Brasil, escrita pelo jornalista Breiller Pires e publicada neste domingo (17), Schlee afirmou que “quem protestava contra Dilma com a camisa de uma instituição tão corrupta quanto a CBF é ignorante”.

Anísio Maia informou que verá os jogos do Brasil ao lado de familiares e companheiros de partido e que acha que o envolvimento da população pode aumentar no decorrer da competição, a partir do desempenho da seleção. “O povo ficou escaldado porque na última vez que vestiu a camisa amarela fizemos um gol contra, que resultou no governo Temer. Agora é preciso que o canarinho tome de volta do pato da Fiesp a camisa da seleção. Não queremos torcer por jogadores que só pensam na própria fama e nos próprios bolsos. Nosso povo ama o futebol, mas, está dando aos supostos formadores de opinião uma verdadeira aula de formação política ” concluiu.

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