Uma adolescente de 13 anos foi atacada por quatro menores, e recebeu várias facadas, covardemente pelas costas. O fato ocorreu no último dia 7 de fevereiro, na cidade de Bonito de Santa Fé (PB). O mais grave ainda estava por acontecer. A família deu entrada no hospital da cidade, mas não havia médico de plantão e a adolescente teve que voltar para a sua residência com os ferimentos abertos e até o final da noite desta quinta-feira (11), ainda estava na mesma situação, segundo informou um tia da adolescente.
A família então resolveu expor a situação nas redes sociais e sobrou para todo mundo. Segundo uma tia da adolescente, como não existia médico de plantão no hospital, o laudo dos ferimentos não foi feito para a família, que teve que levá-la de volta para casa, sem o documento e com os ferimentos todos abertos.
“No hospital não tinha médico, na delegacia não tinha delegado, não existia ambulância para levar a minha sobrinha para outras cidades, para que ela fosse atendida. Como pode existir uma cidade tão miserável, onde as pessoas morrem por falta de atendimento?. Onde está o prefeito? Onde estão as autoridades?”, desabafou.
Quando a mulher cita a polícia chama a atenção para outro problema gravíssimo. As mulheres agressoras continuam livres e o pior: debochando e fazendo ameaças à adolescente e a própria família dela. Foi o que citou uma irmã da adolescente, em um comentário da postagem da tia no facebook.
“Minha mãe já foi em delegacia, já foi em todo lugar e ninguém tomou providências de nada. Essas vagabundas estão soltas lá, tirando onda da minha irmã e minha mãe e ainda continuam ameaçando minha irmã, falando que ainda vai fazer pior. Pra mim só me resta esperar a noticia aqui em São Paulo. Mas tenho fé em Deus que nada mais acontecerá com minha irmã, porque se acontecer elas tão fodida. Em Bonito de Santa Fé vai aparecer justiça. A cidade vai ficar bem pequena pra essas vadias, vão pagar caro, essas pilantras, covardes”, escreveu a irmã.
A publicação no facebook da tia da adolescente recebeu vários comentários, a grandíssima maioria de pessoas solidárias com o problema. Uma enfermeira, que estava de plantão no dia, eximiu a sua equipe de quaisquer responsabilidades ou culpa no caso, mas admitiu que realmente no dia o hospital não tinha médico de plantão.
“Boa noite, Francy Sousa, venho, com todo respeito, me pronunciar sobre o assunto, mesmo sem a conhecer, pois me sinto envolvida, junto à minha equipe de trabalho, neste ocorrido. Sou a enfermeira responsável pelo plantão onde seus familiares foram atendidos, e realmente estávamos no plantão sem médico (…) Quero que compreendam que não estou aqui para contestar direitos de ninguém, apenas para justificar o MEU trabalho e da MINHA equipe de plantão, tenho certeza do trabalho sério que fizemos e fazemos todos os dias, e para que saibam da versão fiel das histórias, porque estamos sendo julgados por algo que NÃO ACONTECEU. Desejo que, de fato, a justiça seja feita e que seja de forma leal, pois todos nós somos dignos de usufruir tudo o que a lei nos permite enquanto cidadão de bem. E continuo me colocando à disposição não somente para essa família, mas QUALQUER SER HUMANO que precisar de nosso auxílio, pois esse foi o nosso juramento ao escolher a enfermagem, diante dos homens, e sobretudo, de Deus, escreveu a enfermeira.
A reportagem do portal Vale do Piancó Notícias conversou com o cabo Jane, do pelotão da polícia militar da cidade de Bonito de Santa Fé. Segundo ele, a família esteve no pelotão e narrou todo acontecido. Ainda segundo o policial, as agressoras também são menores e o caso deve ser resolvido na delegacia de polícia civil da cidade. Além disso, a família foi orientada a procurar o Conselho Tutelar para ir adiante com o caso.
A reportagem tentou contato com a delegacia, através do número telefônico (83) 3490 1269, fornecido pelo policial militar, mas ninguém atendeu.
Até o fechamento desta matéria, nenhuma das agressoras foi apreendida.
Fonte Vale do Piancó Notícias
